Grande Curitiba

Criança com autismo sofre suposto sequestro e família é avisada pelo pai do suspeito

O momento em que o suspeito leva a criança no colo foi registrado por uma câmera de segurança. A situação aconteceu na Grande Curitiba
29 de janeiro de 2025 às 08:13
(Foto: reprodução / RICtv)

A Polícia Civil investiga o caso do sequestro de uma criança de 5 anos, registrado em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. O crime aconteceu apenas três dias após o desaparecimento de Eloah Pietra, de 1 ano e 7 meses, que ganhou repercussão nacional.

De acordo com o boletim de ocorrência, Arthur Guilherme, que tem autismo, foi retirado de dentro da casa onde mora por um homem desconhecido. Imagens de uma câmera de segurança registraram o suspeito carregando a criança no colo por volta das 9h30. Nas imagens, uma mulher passa ao lado dele, mas não demonstra suspeitar da situação.

A avó da criança, ao retornar de uma ida ao mercado, percebeu que Arthur não estava na residência. Ela entrou em contato com a mãe do menino, que também desconhecia o paradeiro da criança. A polícia foi acionada imediatamente, e o caso começou a ser divulgado em redes sociais com cartazes de desaparecimento.

Uma vizinha da família relatou à polícia que viu o homem com Arthur, mas afirmou que, pelo comportamento calmo, não desconfiou. O delegado responsável pelo caso recebeu o depoimento, mas, por questões de sigilo, a identidade da testemunha não foi revelada.

Durante as buscas, um homem se apresentou à família de Arthur e informou que o seu filho havia levado a criança para casa. A polícia foi até o endereço informado e encontrou o menino. O suspeito, identificado como Jonatan Felipe Ribeiro, de 24 anos, foi preso em flagrante.

Suspeito nega sequestro de criança

Em depoimento, Jonatan afirmou que a criança estava sozinha na rua e negou ter invadido a casa.

“A minha versão é que eu peguei ele na rua. No momento, eu fiquei desesperado. Estava sem bateria no meu celular, estava sem nada, não tinha como recorrer e não sabia o que fazer. Até procurei vizinho próximo, mas eu estava desesperado, não tinha o que fazer, cheguei na casa da minha ex-mulher, ela pegou ligou para o meu pai, o meu pai para mim e conversei. Nós achamos acho que o tio da criança e foi a partir dali que nós resolvemos”, disse o suspeito.

Contudo, testemunhas afirmaram que o viram saindo da residência com Arthur nos braços. O delegado confrontou o suspeito, que permaneceu em silêncio por um tempo e voltou a negar as acusações.

Jonatan, que não tem antecedentes criminais, foi autuado por sequestro e cárcere privado. O juiz responsável pelo caso determinou o pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos para que ele responda ao processo em liberdade. Caso a fiança seja paga, Jonatan terá que cumprir medidas protetivas, como não se aproximar da vítima, familiares ou testemunhas.

O delegado afirmou que a liberdade do suspeito não interfere nas investigações, que continuam em andamento. Outras pessoas envolvidas no caso deverão ser ouvidas nos próximos dias.

“É um indivíduo que não apresenta nenhuma passagem criminal. Não foi preso por nenhum crime, nunca respondeu a nenhum processo. Então, desperta a nossa atenção aqui o fato dele não se lembrar que, de fato, pegou essa criança na residência. A investigação segue no sentido em que a gente possa entender o motivo, ou então para que a gente possa entender se ele estava sob o efeito de alguma coisa que teria o levado a essa prática”, disse o delegado da Polícia Civil, Gabriel Fontana.

Fonte: RIC Mais

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