Mostra de arte e performance de rap em Curitiba marcam os 35 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

COM ASSESSORIAS – O lançamento da edição especial do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) comemorativa aos 35 anos da promulgação da lei marcou seminário pela data, nesta segunda-feira (14/7), no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB/PR). O evento contou com a participação da secretária municipal de Desenvolvimento Humano, Amália Tortato, que comanda a área da Prefeitura responsável pela articulação de políticas públicas para o segmento, além do presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comtiba), Charles Renner.
“É uma grande honra para a Prefeitura de Curitiba unir-se ao Comtiba e à OAB para reafirmar a importância do ECA. Mais que um marco jurídico e civilizatório, ele é um compromisso de estado e um pacto social”, afirmou Amália, que trabalha para reunir esforços da área governamental e da sociedade civil organizada pela causa da infância e da adolescência. A OAB foi representada na solenidade pela presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da entidade, Ana Lúcia Munhoz.
Estrelas
A distância ou presencialmente, crianças e adolescentes estiveram em destaque no local, repleto de adultos. Foram eles os autores das 13 telas pintadas e expostas no local. Os trabalhos são resultado da atividade desenvolvida na rede pública de ensino do interior do Estado e fazem parte do acervo do governo estadual.
Na mesa do seminário, ao lado da estudante Morena Maya Seriano Julião, a jovem rapper curitibana Liah Vitória Alves de Oliveira se apresentou para a plateia formada por autoridadess públicas, conselheiros municipais e tutelares. Com apenas 12 anos, cantou três músicas e recitou um poema também de sua autoria. Foi aplaudida de pé e até deu entrevista.
Desafios
Para a promotora de justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público do Paraná Danielle Tuoto, que fez uma palestra sobre o ECA e os mais recentes indicadores sobre o segmento, a sociedade precisa se adaptar para ampliar a proteção a crianças e adolescentes. “Temos uma série de desafios que se apresentam ao ECA, que foi concebido na década de 80 e nasceu no início da seguinte, quando não havia as questões que se apresentam agora”, observou.
Entre esses desafios apontados estão os estruturais, orçamentários, de gestão e sociais. “A sociedade precisa renovar o olhar para os novos problemas que se impõem e encontram maneiras de suprir essas lacunas”, disse. Como exemplo, citou o acompanhamento que as famílias não conseguem dar satisfatoriamente aos filhos por desconhecerem como atuar no ambiente digital, onde crianças e adolescentes navegam com facilidade e, sem saber, se sujeitam a crimes cibernéticos.