Grande Curitiba

Policial que matou ex-mulher fez TCC sobre violência doméstica

Soldado atuava no Copom, era formado em técnico em Segurança Pública e cursava faculdade de Direito; veja mais detalhes sobre o agente que tirou a própria vida após o crime
14 de setembro de 2022 às 15:17
(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O policial militar Dyegho Henrique Almeida da Silva, de 33 anos, que assassinou nesta terça-feira (13) a ex-mulher, Franciele Cordeiro e Silva, e depois tirou a própria vida, era natural de Belford Roxo, no Rio de Janeiro. O soldado estava na corporação desde 2013, pertencia a 1ª classe do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM) e acumulava Boletins de Ocorrência e processos administrativos.

Nos últimos meses, Dyegho chegou a ser afastado das atividades da Polícia Militar do Paraná (PMPR), após pegar um atestado médico. Nesta terça-feira (13), o comandante da instituição convidou o soldado para retornar ao batalhão e entregou a arma novamente ao policial. Cerca de 14 minutos após deixar a sede da PMPR, o policial assassinou a ex-mulher e permaneceu com o corpo da vítima por quatro horas dentro de um carro até o momento em que tirou a própria vida.

Segundo informações apuradas pelo repórter Tiago Silva, da RICtv, o soldado possuía diversos processos administrativos e Boletins de Ocorrência, o que prejudicou a promoção do policial. Além disso, nos últimos meses Dyegho relatou que estava com problemas financeiros e também no relacionamento com Franciele.

Carreira como policial

Entre os colegas de trabalho, Dyegho era respeitado como um agente fiel e dedicado. Antes de ingressar na PMPR, o rapaz fez cursos na Marinha. Já no Paraná, após entrar para a corporação, o soldado se formou no Curso Tecnólogo em Segurança Pública pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Em um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o policial escreveu sobre o tema “Violência Doméstica”. Em 17 páginas, Dyegho descreve as ocorrências atendidas na capital paranaense referentes a violência contra a mulher. Além disso, ele chegou a sugerir um treinamento especial para os policiais em casos da Lei Maria da Penha.

Atualmente Dyegho cursava Direito na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e estava prestes a se formar.

“Cara, vc sempre foi tão batalhador, estudioso, sempre correu atrás dos seus sonhos! Agora na reta final da facul, que ia finalmente realizar o de se formar, tudo isso acontece!”, escreveu um colega.

Gravidez

Em março deste ano nasceu Cecilia Almeida da Silva, filha de Dyegho e Franciele. Entretanto, no período da gestação o casal teve diversas brigas e o soldado chegou a sugerir um aborto. Quando a mulher estava com dois meses de gestação, ele teria colocado medicamento para ela sofrer um sangramento, porém, a vítima percebeu e impediu.

Já com sete meses de gestação, o homem tentou novamente e desta vez o parto precisou ser realizado às pressas. Cinco dias depois, o bebê prematuro não resistiu.

Fonte: RIC Mais

Leia mais clicando AQUI