Grande Curitiba

Secretaria de Saúde de Campo Largo aborda os tipos virais da Hepatite e como se prevenir

Doença atingiu, até 2019, 247 mil pessoas, a maioria na região Sudeste (34,5%), de acordo com o Ministério da Saúde
8 de julho de 2021 às 16:49
(Foto: Reprodução/internet)

COM ASSESSORIAS – O mês de julho é marcado pelo Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais – lembrado em 28/07. A Secretaria de Saúde de Campo Largo faz uma alerta e traz informações sobre as doenças, como é o contágio, quais os tratamentos e como prevenir as mesmas.

A Hepatite Viral é uma doença séria, que acarreta vários problemas de saúde. É um grave problema de saúde pública e pode se manifestar de diversas formas na população. Saber como se proteger, como identificar os sintomas e quando buscar tratamento é fundamental.

Existem tipos de Hepatites Virais e cada doença traz suas principais características.

HEPATITES VIRAIS – Hepatite é o nome dado a toda inflamação que atinge o fígado, um importante órgão do sistema digestório, que tem um papel principal na desintoxicação do organismo.

As Hepatites Virais são causadas, na maioria das vezes, por uma infecção viral, embora também possam ser acarretadas pelo uso abusivo de substâncias tóxicas (álcool, medicamentos e drogas), doenças genéticas ou autoimunes.

TIPOS DE HEPATITES VIRAIS – Podem ser classificadas pelos tipos A, B, C, D e E, sendo os três primeiros mais comuns no Brasil.

HEPATITE A (VHA) – A transmissão ocorre por meio do contato com pessoas portadoras da doença e pela água ou alimentos que estejam contaminados; a transmissão é conhecida como fecal-oral.

Tratamento: controle dos sintomas, controle da desidratação e, em casos graves, quando ocorre insuficiência hepática aguda, a hospitalização.

Prevenção: adequação do saneamento básico, hábitos de higiene, assim como o tratamento da água.

Existe vacina contra o vírus da Hepatite A, oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) – indicada para crianças de 1 ano a menores de 2 anos.

HEPATITE B (HBV) – A transmissão ocorre por meio de fluidos corporais (sangue, secreções, entre outros). Também ocorre através de objetos de uso pessoal infectados, relações sexuais sem proteção, contato com objetos perfurantes com a presença do agente causador, entre outras situações.

Sintomas: ictericia, febre, enjoo, urina escura, fezes claras, dores no corpo, entre outros.

Tratamento: é realizado com medicamentos adequados para evitar a complicação do quadro, como a cirrose, por exemplo. É suspenso o consumo de álcool.

HEPATITE B (HBV) – A prevenção se dá com o uso de preservativos durante as relações sexuais. É preciso evitar o compartilhamento de itens de uso pessoal (escova de dentes, alicate de unha, lâmina de barbear, entre outros), assim como se certificar de que os objetos perfurantes estão esterilizados.

A Hepatite B também tem vacina disponível no SUS e contempla o calendário vacinal das crianças. É também indicada para pessoas que estão vulneráveis ao contato com o vírus.

O SUS disponibiliza testes rápidos para a realização do diagnóstico.

HEPATITE C (HBV) – A transmissão ocorre de forma parecida com a do vírus.

Sintomas: são semelhantes aos da Hepatite B e podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado.

Tratamento: é realizado com antivirais. Mas, cada paciente deve ser devidamente analisado para que o profissional consiga indicar a terapia mais adequada.

Prevenção: ainda não existe vacina, mas é possível preveni-la evitando o contato sem proteção com pessoas e objetos que podem estar contaminados.

O SUS disponibiliza testes rápidos para a realização do diagnóstico.

HEPATITE D (VHD) com (VHB) – A transmissão se assemelha à de tipo B. A infecção parte da associação do vírus da Hepatite D (VHD) com o vírus da Hepatite B (VHB), podendo haver contaminação simultânea ou não. Por isso, as formas de transmissão são as mesmas.

Sintomas: são da mesma maneira que os da Hepatite B.

Tratamento: também envolve uma medicação adequada; recomenda-se o repouso, suspensão do consumo de bebidas alcoólicas e alimentação balanceada.

Prevenção: não ter contato com objetos contaminados ou com pessoas com suspeita de infecção.

Medidas de Proteção aplicadas – vacina contra o vírus VHB, uso de preservativos durante as relações sexuais, evitar compartilhar objetos pessoais, pré-natal para mulheres gestantes.

HEPATITE E – A transmissão é rara no Brasil, sendo mais comum em países dos continentes africano e asiático. A sua transmissão é semelhante à de tipo A, ou seja, por meio fecal-oral.

Sintomas: os principais são febre, dores no corpo, fadiga, enjoos, icterícia e mudança na cor da urina (escurecimento) e das fezes (clareamento).

Tratamento: não tem um tratamento específico. Por isso, é recomendada a suspensão do uso de bebidas alcoólicas, dieta com poucos alimentos gordurosos e repouso.

Prevenção: saneamento básico adequado, tratamento de esgoto e de água, hábitos de higiene constantes.

Como visto, as Hepatites Virais, apesar de se manifestarem de maneira discreta, podem trazer sérias consequências de saúde. Por isso, não deixe de realizar os exames de rotina para que seja possível identificar essa doença ainda em seu estágio inicial, e receber o tratamento adequado.