Grande Curitiba

Justiça manda soltar acusado de matar ex-companheira em Curitiba, após laudo apontar transtorno bipolar

24 de setembro de 2020 às 07:57
Elisete foi morta a tiros pelo ex-companheiro, de acordo com a Polícia Civil (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Justiça mandou soltar o homem acusado de matar a ex-companheira Elisete Menin Arnold a tiros em frente à casa da filha dela, em Curitiba. O crime foi registrado em setembro de 2019.

A decisão pela soltura foi tomada pela 2ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri da capital, na segunda-feira (21), considerando um laudo da Polícia Científica que apontou que o acusado apresenta Transtorno Afetivo Bipolar (TAB).

Com o resultado do exame psiquiátrico, a Justiça determinou que a prisão preventiva de José Francisco Ferreira da Silva, de 59 anos, fosse substituída por medida cautelar de tratamento ambulatorial. Segundo o laudo, o transtorno afetivo bipolar de Silva começou antes da data do crime.

Ainda conforme apontado no exame, à época dos fatos denunciados, o acusado apresentava “concomitantemente um quadro clínico-psiquiátrico compatível com transtorno de adaptação”.

O homem também foi proibido pela Justiça de manter contato com as testemunhas arroladas na denúncia do caso e também não pode se ausentar da comarca de Curitiba, sem autorização judicial, conforme o documento.

A defesa de Elisete Menin Arnold alegou que não havia necessidade da soltura de José Silva, considerando que o tratamento poderia ser fornecido a ele dentro do sistema prisional.

Investigação
Segundo a Polícia Civil, à época da investigação, a vítima tinha medidas protetivas contra o ex-companheiro, de quem estava separada havia cerca de dois meses.

Elisete, que foi morta no bairro Umbará, onde tinha ido visitar a filha. Ela foi atingida pelos disparos quando saía da casa.

Ainda de acordo com a investigação, os vizinhos tentaram socorrê-la e chamaram o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), mas a mulher morreu no local.

De acordo com o que foi informado pela polícia à época, ela sofria “constantes ameaças e agressões” do ex-companheiro. José Francisco Silva, conforme as investigações, fugiu em uma moto após o crime.

Fonte: G1 Paraná