Grande Curitiba

Professores testam e aprovam bolinha de golf 7 para deficientes visuais

30 de junho de 2022 às 11:49
(Foto: Levy Ferreira/SMCS)

COM ASSESSORIAS – Um grupo de professores da rede municipal de ensino testou, nesta quarta-feira (30/6), uma bolinha especial desenvolvida para deficientes visuais que jogam golf 7. A prática integra uma formação profissional e foi realizada na quadra da Escola Municipal de Educação Especial Tomaz Edison de Andrade Vieira, no bairro Capão Raso.

A atividade é baseada no jogo do golfe e adaptada ao perfil dos estudantes da educação especial, com diversos tipos de deficiência. Com a nova bolinha, o público cego também pode se beneficiar.

Uma venda nos olhos foi utilizada pelos participantes, que precisaram ouvir o barulho das miçangas para saber onde estava a bola.

“É mais difícil do que eu esperava. Requer foco, concentração e um preparo específico, ainda mais para jogar vendada, sem enxergar nada, para entender as necessidades de um defiente visual”, disse a professora Juliana Kanopcka Pacheco Alves, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do protótipo, feito na impressora 3D.

Juliana é a professora do Farol do Saber e Inovação da Escola Maringá, onde a ideia foi desenvolvida com a professora Franciele Santiago.

“Tentamos uma versão anterior com guizo, mas a versão com miçangas faz um barulho bem melhor para ser ouvido”, comentou Franciele.

A diretora da escola especial, Simoni dos Reis Lima, explica que o esporte traz muitos benefícios aos estudantes com necessidades especiais, como disciplina e concentração, e avisa que os atletas já estão se preparando para novas competições de golf 7 este ano. “Eles adoram jogar, uma de nossas estudantes inclusive está muito animada porque será a primeira vez que vai viajar sem a mãe, ela está se tornando mais independente”, contou Simoni.

No ano passado, a escola, que coleciona medalhas na modalidade, ganhou o novo campo sintético.

Pensando “fora da caixa”

A bolinha para deficientes visuais é um dos exemplos de problemas e questões do dia a dia que são resolvidos dentro dos Faróis do Saber e Inovação da rede municipal de ensino.

A secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, destaca que a inovação é um conceito já consolidado na rede, que envolve a comunidade escolar em diversos projetos e ações. “Várias soluções inovadoras já saíram dos faróis, como a proteção para sementes de araucária, um skate especial para um estudante com dificuldade de locomoção e até um guindaste hidráulico”, lembrou a secretária.