Grande Curitiba

Educação enriquece o trabalho pela igualdade racial nas escolas de Curitiba

27 de março de 2024 às 16:18
(Foto: Luiz Costa /SME)

COM ASSESSORIAS – Combater o racismo dentro e fora do ambiente escolar e valorizar a história e as contribuições dos povos africanos e afro-brasileiros para a construção do Brasil. Esse é o objetivo do novo material lançado nesta quarta-feira (27/3) pela Secretaria Municipal da Educação, o caderno Orientações Pedagógicas para uma Educação Antirracista.

Produzido pelas equipes técnicas da Educação, o caderno embasa e enriquece as ações já realizadas sobre o tema nas escolas da rede pública municipal, que tem 140 mil crianças e estudantes matriculados.

“Ser antirracista é repensar muitos comportamentos e adotar novas práticas ativamente, de igualdade e respeito a todos”, disse a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila, durante a apresentação do material, no auditório do Sebrae Paraná.

Cerca de cem profissionais da Educação participaram do lançamento, que contou com palestras e debates sobre o assunto. Para a superintendente de Gestão Educacional, Andressa Pereira, as orientações contribuem para atualizar e ampliar as iniciativas que as unidades desenvolvem.

A coordenadora de Equidade, Famílias e Rede de Proteção (Cefar), Sandra Piotto, agradeceu o empenho de todos os envolvidos na elaboração do caderno. “Precisamos juntos construir nossa cidade conforme todos os povos que a constituem merecem”, frisou Sandra.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto os pretos e pardos representam 56% da população brasileira, a proporção deste grupo entre todos os brasileiros abaixo da linha de pobreza é de 71%, já a fração de brancos é de 27%.

“Quando olhamos os números de extrema pobreza, a discrepância quase triplica: 73% são negros e 25% brancos. Nessa perspectiva, construir uma sociedade mais igualitária requer a compreensão do papel de cada estrutura socioeconômica na reprodução do racismo para elaborar estratégias efetivas de enfrentamento. Sem uma educação antirracista não é possível pensar em uma sociedade igualitária”, completou.

Também participaram dos debates a professora Lucimar Rosa Dias (Universidade Federal do Paraná); Allan Coimbra da Luz, presidente do Conselho Municipal de Políticas Étnico Raciais; a professora Gisley Monteiro de Monteiro, da Uninter; Marli Teixeira Leite, assessora de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Prefeitura; chefes dos Núcleos Regionais da Educação e profissionais da SME.