Grande Curitiba

Ações climáticas garantem a Curitiba o título de capital mais igualitária do Brasil

2 de julho de 2024 às 11:39
(Foto: Ricardo Marajó/SMCS)

COM ASSESSORIAS – Curitiba conquistou em 2024 o título de capital mais igualitária do Brasil. O reconhecimento nacional foi dado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que divulgou em março o Mapa da Desigualdade entre as Capitais, que tem entre os principais indicadores “ações climáticas”.

A Pirâmide Solar de Curitiba, o Bairro Novo da Caximba, os programas Amigo dos Rios e 100 mil árvores e os primeiros ônibus elétricos do transporte público já são exemplos de que Curitiba está fortalecendo a construção da sustentabilidade urbana a partir do lançamento do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), em 2018. Tudo para garantir uma cidade mais sustentável para as futuras gerações de curitibanos.

No sábado, dia 29 de junho, Curitiba chegou ao marco de 500 mil árvores plantadas, dentro do desafio 100 mil árvores para Curitiba, que começou em setembro de 2019. Os plantios feitos pela Prefeitura, aliados a iniciativas como o uso de novas energias, avanço da matriz verde, grandes obras socioambientais e estímulo ao uso do transporte público, integram o PlanClima, que busca recuperar o ambiente urbano, reduzir as emissões de gases e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Todos os meses também é feita a distribuição gratuita de mudas de árvores nas dez Ruas da Cidadania de Curitiba, dentro da ação de plantio comunitário e do desafio das 100 mil árvores. No Dia Nacional da Araucária, em 24 de junho, a Prefeitura distribuiu 3 mil mudas de araucárias.

População apoia

O dia de folga de Sandra Regina Santana foi escolhido para celebrar o Dia Nacional da Araucária. “O dia 24 de junho vai ficar marcado para sempre como um dia de fazer a minha parte na preservação ambiental”, contou.

Sandra, que é bióloga e conhece a importância dos cuidados no plantio da árvore, foi buscar uma muda na Rua da Cidadania do Boa Vista. Ela pesquisou as orientações anteriormente e aproveitou para tirar as dúvidas com os servidores e no vídeo explicativo no QR code anexado na muda.

“A araucária deve ser plantada em um espaço adequado. Eu não possuo tal espaço em casa, mas quero participar, então combinei com alguns vizinhos e vamos buscar um lugar especial para essas araucárias”, relatou a moradora do Boa Vista.

Combate ao aquecimento global

Desde 2017, a capital vem implantando programas e soluções que buscam conter o avanço do aquecimento global. A devastação causada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul este ano reacendeu a urgência do cuidado com o meio ambiente, com as adaptações e com as mitigações às mudanças climáticas. Curitiba, antecipando-se a esse debate, vem se preparando para estar pronta aos novos desafios.

Iniciativas mais recentes da Prefeitura de Curitiba reforçam esse compromisso de mitigar e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. São exemplos: a criação de novos parques alagáveis, que reforçam o conceito de “cidade-esponja” da capital paranaense e ajudam a reduzir ainda mais a possibilidade de inundações em caso de fortes chuvas; a inédita Reserva Hídrica do Futuro, que irá suprir a cidade com água em caso de estiagem prolongada; o Hipervisor Curitiba, que usa a inteligência artificial para prevenir problemas ambientais típicos de uma grande cidade; e a entrega das primeiras casas do Bairro Novo da Caximba, maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba.

Áreas verdes

As áreas verdes de Curitiba, além de ajudar a combater enchentes e novas ocupações irregulares, também têm a função de reduzir as “ilhas de calor” e a poluição: as árvores e a vegetação, além de produzirem oxigênio, ajudam a regular a temperatura e a umidade. Como benefícios agregados, reduzem a radiação ultravioleta e o ruído do tráfego, sendo verdadeiros oásis para espécies tanto vegetais quanto animais, sem contar que são lugares perfeitos para o curitibano relaxar e praticar esportes.

Frequentemente as áreas verdes da capital ainda recebem eventos culturais e, em muitos casos, reúnem edifícios de grande valor histórico ou cultural, como os memoriais de imigração (Tingui e Bosque do Papa), Palácio Belvedere (Praça João Cândido), Museu de História Natural (Bosque Municipal Capão da Imbuia), Estufa (Jardim Botânico), belvedere e Jardim Poty Lazzarotto (Tanguá) e Oratório de Bach (Bosque Alemão).

Curitiba ainda incentiva, por meio da criação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs), a preservação de áreas particulares. Desde 2017, foram entregues 47 novas RPPNMs.

Tudo isso resulta em mais de 60 metros quadrados de área verde por habitante, quando o mínimo recomendado pela OMS é de 12 metros quadrados por habitante.

Veja outras ações de Curitiba na área do meio ambiente

– Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba – PlanClima (2018);

– Programa Curitiba Mais Energia, de popularização do uso da energia limpa, como painéis fotovoltaicos e mini usinas (2018):
Pirâmide Solar de Curitiba, primeiro parque fotovoltaico em um aterro sanitário desativado na América Latina (2023)
Palácio 29 de Março (2019)
Galeria das Quatro Estações, do Jardim Botânico (2020)
Espaço Curitiba Solar do Parque Barigui (2022)
Terminais do Boqueirão, Pinheirinho e Santa Cândida (2024)
Central Geradora Hidrelétrica Nicolau Klüppel (2019).

– 52 parques em Curitiba, 6 novos entre 2017 e 2024:
Bosque da Colina, Pilarzinho (2020)
Parque Pinhal do Santana, Campo de Santana (2022)
Parque Rio Bonito do Tatuquara, Tatuquara (2023)
Colina do Abranches, Abranches (2024)
Parque Manacá, Cachoeira (2024)
Parque São Francisco de Assis, Taboão (2024).

– 60 metros quadrados de área verde por habitante em Curitiba: 5 vezes mais que o recomendado pela OMS (12 metros quadrados por habitante).

– 22,5% dos resíduos são reciclados em Curitiba, bem acima dos 3% da média nacional: são 2.300 toneladas/mês.

– Curitiba é a melhor capital em saneamento do Brasil: 100% da população abastecida com água tratada e 98% com acesso à rede de coleta e tratamento de esgoto.

– Programa Rosto da Cidade: revitalização de 150 prédios, ruas (Kellers, Voluntários da Pátria e Prudente de Morais) e outros espaços públicos do Centro (2018).

– 22 pistas de skate revitalizadas em parques e praças (2017 e 2024).

– Bairro Novo da Caximba, construção das primeiras 752 casas e infraestrutura (2022): Primeiras unidades entregues em julho.

– Desafio das 100 mil árvores: 500 mil árvores plantadas até junho deste ano.

– Programa Amigo dos Rios (2019).

– Combustível Derivado de Resíduos Urbanos (CDRU) para a fabricação de cimento (2019).

– Escola Municipal de Sustentabilidade, no Bosque Zaninelli (2022).

– Nova Família Folhas (2022).

– COM-POS-TE, distribuição de 1.100 composteiras (2023).

– Hospital Veterinário Municipal, no Taboão (2024).

– 47 novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Município (RPPNMs): 836 mil m² em áreas preservadas e um total de 64 RPPNMs (2017 a 2024).

– 11 novos Ecopontos, incluindo o primeiro Metropolitano: 14 no total (2017 a 2024).

– 3 novos pontos do Câmbio Verde, entre os 103 hoje existentes: Vila Portelinha, Santa Quitéria (2017); Conjunto Maringá, Cachoeira (2018); e Moradias Faxinal, Santa Cândida (2019).

– 90 Jardins de Mel em parques, praças, hortas, fazendas urbanas e escolas (2017 a 2024).

– Revitalização de parques e bosques de Curitiba: Passeio Público (2019), Parque São Lourenço (2021), Jardim Botânico (2019 a 2024), Bosque Alemão (2024) e Bosque Gutierrez (2024).

– Programa Municipal de Castração (2017 a 2024):
132 mil castrações gratuitas
153.000 microchipagens de cães e gatos
222 toneladas de rações doadas
1.885 adoções pelo Amigo Bicho.

– Reserva Hídrica do Futuro: desapropriações e ordem de serviço para início das obras do 1º parque no Umbará (2024).

– Ecodistrito Belém: estudos já começaram (2024).

– Inauguração da Área de Lazer do Ganchinho, um pedido do Fala Curitiba (dezembro/2024).