Grande Curitiba

Procuradora-adjunta da Mulher pede descentralização dos atendimentos

Demanda de descentralização dos atendimentos em Curitiba foi apresentada pela segunda procuradora-adjunta, Vanda de Assis, à secretária-executiva do Ministério da Mulher, durante visita à CMBC
24 de fevereiro de 2025 às 11:10
(Fotos: Carlos Costa/CMC)

Na manhã desta sexta-feira (21), a Casa da Mulher Brasileira em Curitiba (CMBC) recebeu a visita da secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, para uma reunião de trabalho com as autoridades estaduais e municipais responsáveis pelo atendimento às mulheres em situação de violência na cidade. Representando a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), a segunda procuradora-adjunta da Procuradoria da Mulher, vereadora Vanda de Assis (PT), participou da discussão e apresentou demandas à representante do Governo Federal.

Colocando a descentralização do atendimento às mulheres como prioridade, Vanda de Assis apresentou às autoridades e à representante do Governo Federal a importância de criar centros dedicados às mulheres nos bairros de Curitiba. “Hoje, elas são atendidas nos Creas [Centros de Referência Especializados em Assistência Social], mas os Creas não dão conta das demandas. Até o local da CMBC é inacessível para algumas mulheres, sendo esse um dos empecilhos aos atendimentos”, alertou a vereadora. A Casa da Mulher Brasileira fica no bairro Cabral, na Região Norte da cidade.

As atribuições da Procuradoria da Mulher da Câmara de Curitiba são receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e discriminação contra a mulher, assim como fiscalizar as políticas públicas e os programas municipais para a igualdade entre homens e mulheres e zelar pela participação efetiva das vereadoras nos órgãos e atividades da CMC. A procuradora titular é a vereadora Carlise Kwiatkowski (PL), que conta com o auxílio de duas procuradoras adjuntas, Rafaela Lupion (PSD) e Vanda de Assis.

Casa da Mulher Brasileira em Curitiba é elogiada pelo Governo Federal

“Curitiba é uma dádiva”, disse a secretária nacional do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, ao comparar os serviços da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba com outros ofertados em cidades do Brasil. “Temos municípios que estão fechando secretarias da Mulher, quando deveriam estar abrindo”, comentou. Ela destacou que o botão do pânico, o grupamento especializado da Polícia Militar para busca de pertences, a unidade da Polícia Científica para laudos e a manutenção integral da Patrulha Maria da Penha pela Prefeitura tornam a cidade um modelo para o Brasil.

Maria Helena Guarezi comemorou a institucionalização do Ministério das Mulheres, “antes uma sucessão de secretarias nacionais ligadas a outras pastas”, anunciou que o Disque 180 voltará a prestar serviços, em vez de só receber denúncias, e que há uma decisão de ampliar o programa de unidades móveis para atendimento às mulheres, para superar problemas de falta de infraestrutura pelo país. “Temos um canal de WhatsApp para conversar com a população e iremos integrar todas as Casas da Mulher Brasileira do país em um mesmo sistema, além de um fórum para compartilhar boas práticas”, anunciou.

Além da secretária Maria Helena Guarezi, participaram da atividade Sandra Prado (coordenadora da CMBC), Aline Betenheuser (diretora de Política para Mulheres da Secretaria Municipal das Mulheres e Igualdade Étnico-Racial), Carla Aguiar (coordenadora da Diretoria de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria Estadual da Mulher), a juíza Camila de Britto (3° Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher) e a desembargadora Cristiane Ferrari (Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná).

Também a defensora pública Mariana Nunes (Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres), a delegada El Cavalcanti (Delegacia da Mulher), o guarda municipal Zeilton Dalla Villa (Patrulha Maria da Penha), a perita Raquel Vilhena (UETC Tarumã da Polícia Científica), Ivanete Xavier (Conselho Estadual dos Direitos da Mulher), Angela Sarneski (Conselho Municipal do Direitos da Mulher) e o capitão Marcos Peres (Polícia Militar do Paraná). Ao todo, cerca de 70 pessoas participaram da atividade na CMBC.

Fonte: Câmara Municipal de Curitiba