Curitiba recebe governadores e é o centro das discussões da Conferência da Mata Atlântica

COM ASSESSORIAS – O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, participou nesta nesta terça-feira (19/8) da abertura da Conferência da Mata Atlântica, no Teatro Guaíra. Até quinta-feira (21/8), a capital paranaense sedia o evento que reúne os governadores dos sete estados do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – além de representantes do Consórcio Brasil Verde, formado por 21 estados.
“As coisas e as pessoas existem nos meios urbanos e são as cidades que criam e executam as metas globais de desenvolvimento sustentável. Estamos avançando em resultados, com nova matriz energética na frota do transporte coletivo, reserva hídrica e hortas urbanas, entre outras iniciativas que nos colocam como referência na adaptação e mitigação das questões climáticas. A Mata Atlântica precisa ser olhada, cuidada e preservada”, disse o prefeito Eduardo Pimentel.
Durante a solenidade, foram celebradas importantes iniciativas da gestão pública para a promoção da sustentabilidade e combate à crise climática. O prefeito anunciou o encaminhamento da Lei Municipal do Clima para a Câmara de Vereadores. No âmbito do Governo do Estado, foi anunciada a criação do Banco Verde, plataforma de incentivo a projetos de preservação da biodiversidade e carbono. Também foi anunciada parceria com Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) para a criação de um fundo para financiamento de fábricas de biofertilizantes a partir de resíduos urbanos.
“Sustentabilidade é poder buscar o desenvolvimento econômico e social com equilíbrio. Cuidar da floresta é importante, mas o cuidado com o ambiente urbano também é fundamental. Nesse momento temos a grande oportunidade de mostrar para o Brasil que aqui existe política pública que dá certo”, disse o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior.
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Em seus discursos, os governadores Romeu Zema (MG), Eduardo Leite (RS), Renato Casagrande (ES) e Cláudio Castro (RJ) e os vice-governadores Felicio Ramuth (SP) e Marilisa Bohem (SC) destacaram a iniciativa do Consórcio de Integração para promover a convergência em soluções na gestão pública. “O tema não está vinculado a ideologias políticas, mas deve sim ser pauta de todos os governos responsáveis”, destacou Renato Casagrande, presidente do Consórcio Brasil Verde e que entregou a liderança do Cosud para o governador carioca, Cláudio Castro.
Mata Atlântica
Os governadores dos estados das regiões Sul e Sudeste apresentaram os avanços nas ações de preservação da Mata Atlântica. O compromisso com a proteção do bioma é uma das prioridades do grupo, que trabalha com o compartilhamento de políticas públicas e soluções integradas para o desenvolvimento sustentável da região. As informações também estão na Carta de Curitiba.
A Mata Atlântica é o segundo maior bioma do país, abrangendo 17 estados brasileiros, o que corresponde a 15% do território nacional.
O Paraná conta com uma das maiores áreas remanescentes de floresta no país, com mais de 2,3 milhões de hectares preservados, e lidera os projetos relacionados à Mata Atlântica, bioma que corresponde a 99% do território estadual.
A Carta de Curitiba será apresentada durante a COP 30, em Belém do Pará, no mês de novembro. As discussões dessa temática prosseguem em painéis no Complexo Imap, no Parque Barigui, até a próxima quinta-feira.
As inscrições podem ser feitas no site.
Homenagem
A engenheira agrônoma Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, de Londrina, recebeu a Ordem do Pinheiro, maior honraria do Paraná, pela pesquisa na área de biofertilizantes. A pesquisadora é a primeira brasileira a receber o Word Food Prize, o Nobel da Agricultura.
Rafael Greca, secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Ana Tori, diretora executiva da COP 30, e Clovis Zapata, representante da Organizado das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) também destacaram a iniciativa de convergência e união nos debates e contribuições para a preservação da Mata Atlântica, com foco na execução das propostas debatidas desde a primeira edição da COP, em 1992, no Rio de Janeiro. “Já avançamos muito nas tratativas, essa COP deve ser a de execução”, avalia Ana Toni.