Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Durante o mês de agosto a Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Mulher, realiza diversas ações visando conscientizar as pessoas sobre o combate à violência contra as mulheres e na tarde do dia 19, um público muito importante pôde ouvir a palestra “Educar para Prevenir: Diga Não à Violência”.

Realizada para os alunos do 8º ano do Colégio Estadual Cívico-Militar João XXIII, a apresentação foi feita por Flávia Ohde, presidente da Lanterna Luminosa, instituição que auxilia mulheres e seus filhos vítimas de violência doméstica e outras vulnerabilidades.

Contando com linguagem acessível e foco na prevenção da violência de gênero, a palestra promoveu reflexões sobre respeito, equidade e direitos humanos. “Acho muito importante essa educação preventiva de crianças e jovens,” defende Flávia Ohde. “A gente pode ter um grande sucesso com a prevenção dessa geração que está vindo, que estão iniciando suas relações ainda e podem quebrar esse ciclo de violência, porque eles têm referências muitas vezes ruins dos pais, dos avós, da própria sociedade, da mídia social, pois apesar de ser uma nova geração, está muito machista.”

Por se tratar de uma fase da vida em que acontece a construção da identidade, é importante aproveitá-la para desfazer estereótipos, afinal os adolescentes estão cercados por mensagens machistas. Além disso, quando bem informados, eles podem influenciar os grupos em que convivem.

“Os meninos têm que entender que eles não têm o poder sobre a mulher, que não são donos da vontade deles e da mulher, e podem ter alguém que seja dona das suas vontades e partilhar isso,” explica Flávia Ohde. “Para as meninas, penso que é muito importante mostrar valores inegociáveis, como a liberdade, como a autonomia financeira e principalmente, autonomia emocional.”

Já a diretora do colégio em que aconteceu a palestra, Elizane Zanlorensi Spréa, reforçou a importância de levar o assunto a esse público:

“A oportunidade dos alunos terem um profissional abordando este tema possibilita a compreensão de muitas dúvidas que não são questionadas por eles, porém, são vivenciadas por alguns,” disse. “Esclarecer e apontar as situações também permite a construção da empatia e o conhecimento de assuntos sérios que não são trabalhados em sala de forma completa. É importante também porque a família muitas vezes não se sente preparada para trabalhar alguns assuntos e os adolescentes precisam ser orientados, assim a escola acaba ajudando nesta parte da educação familiar,” concluiu.

Rede de apoio e assistência – Quando identificada a violência, para uma mulher se sentir segura para denunciar ela precisa do devido apoio psicológico, jurídico e social. No município essa ajuda pode ser solicitada de diversas maneiras, como o aplicativo 153 Cidadão, da Guarda Municipal (GM), disponível na App Store ou Google Play. Por ele denúncias podem ser feitas de forma anônima.

Também disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana (inclusive finais de semana e feriados), está a Central de Atendimento à Mulher, que pode ser acionada pelo Disque 180 ou pelo WhatsApp (61) 9610-0180. Esse canal serve para denunciar qualquer pessoa, de qualquer lugar do país, um número gratuito, confidencial e anônimo.

O Disque 180 presta orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento. O canal também informa as localidades dos serviços especializados, registra denúncias e as encaminha aos órgãos competentes.

Outros pontos de apoio são o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Campo Largo, no telefone (41) 99793-0689 e o serviço de Atendimento à Mulher e ao Adolescente na 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil, cujos números são (41) 3291-6109, (41) 32921202 ou (41) 3291-6100. O endereço é Rua Oswaldo Cruz, 1501, no centro de Campo Largo. No caso de emergências, a Polícia Militar deve ser acionada por meio do 190.