Profissionais da Saúde Municipal receberam capacitação sobre a doença Hanseníase

COM ASSESSORIAS – A Prefeitura de Campo Largo, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde que é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, realizou no dia 09 de fevereiro uma capacitação para os profissionais de saúde do município. O tema do evento foi a doença chamada Hanseníase e foram convidados como palestrantes a médica Vanessa Fredich, da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), a fisioterapeuta Ketlyn Martello, do Hospital de Dermatologia Sanitária do Estado, e também Sueli Coutinho, coordenadora do Programa da Hanseníase da Regional.
Os profissionais presentes puderam ficar a par das novidades em tratamento, das formas de acolhimento e diagnóstico, entre outras tendências no tratamento desta doença transmissível sistêmica, crônica e altamente incapacitante.
Silenciosa, a Hanseníase pode levar mais de dez anos para ser percebida, já em estado grave. Então quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor o prognóstico e a chance de evitar sequelas. Os principais sinais e sintomas da Hanseníase são:
• Dor, dormência, fisgadas, formigamento ou edema em membros e extremidades;
• Diminuição de força muscular em membros, mãos, pés ou olhos;
• Dificuldade em realizar atividades que antes, realizava normalmente;
• Manchas, nódulos ou placas claras, avermelhadas ou escuras (lesões);
• Ressecamento da pele, perda de pêlos, sobrancelhas ou falta de sudorese em áreas de pele;
• Alteração ou perda de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil;
• Ressecamento, coceira ou sensação de areia nos olhos, piora repentina da visão;
• Ressecamento, feridas ou perfuração em narinas.
Como se transmite a Hanseníase? E como se pega?
A Hanseníase é transmitida por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com outra pessoa já com a doença e que não está sendo tratada. É transmitida pelas vias respiratórias quando fala, tosse, espirra, mas não pelos objetos utilizados pelo paciente. Estima-se que a maioria da população possua defesa natural (imunidade) contra a actinobactéria M. leprae. Portanto, a maior parte das pessoas que entrarem em contato com o bacilo de Hansen não devem adoecer. É sabido que a susceptibilidade possui influência genética, então familiares de pessoas com Hanseníase possuem maior chance de adoecer.
Atualmente, Campo Largo possui apenas um caso ativo dessa patologia, e que está em acompanhamento dos profissionais. Se você apresentar um dos sintomas, ou tiver dúvidas, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para ser avaliado.