Grande Curitiba

Projeto “Vidas que se encontram” proporciona interação entre famílias e crianças aptas para adoção

Todos esses participantes só puderam participar do projeto "Vidas que se encontram" porque estavam com o processo de habilitação a adoção concluído. As crianças e adolescentes interagiram com os adultos por meio brincadeiras de imitação e mímicas, além de conversas
6 de julho de 2021 às 17:30
(Imagem: Freepik)

COM ASSESSORIAS – No último sábado (03), uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), e a ONG Reencontro realizou mais uma edição do projeto “Vidas que se encontram” em Araucária. O evento, realizado das 10h às 17 horas, teve por objetivo possibilitar o encontro de crianças e adolescentes (em casa de acolhimento) legalmente aptos a adoção com famílias legalmente habilitadas para adotar. Por ocasião da pandemia, esta edição precisou ser on-line.

De acordo com a ONG Reencontro, os pretendentes a adotar são casais (na maioria sem filhos) e pais e mães solos (solteiros); um total de 40. Todos esses participantes só puderam participar do projeto “Vidas que se encontram” porque estavam com o processo de habilitação a adoção concluído. As crianças e adolescentes interagiram com os adultos por meio brincadeiras de imitação e mímicas, além de conversas. A dinâmica do evento prevê que o(s) adulto(s) que teve interesse em adotar alguma das crianças do evento deve manifestá-lo formalmente ao projeto. Mas quem toma as medidas a partir daí é a Vara da Infância.

A ONG Reencontro tem inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Araucária e é parceira na realização de ações que dizem respeito a adoção. Como consta em seu site, “nasceu através de histórias de amor de diversos pais adotivos, entendendo a necessidade em muitos casos de um apoio emocional e de esclarecimentos de todo o processo pré e pós-adotivo”.

NOVA FAMÍLIA – A advogada Aretusa Moraes e o agente financeiro César Mazzo receberam indicação médica de alguns procedimentos de saúde para conseguirem ter um bebê. Mas ela conta que o desejo de adotar foi maior. O casal iniciou o processo de habilitação em 2012, na Comarca de Londrina; habilitação que foi deferida em 2013. Em 2017, quando mudaram para Araucária, o processo também mudou para a comarca local.

“Aqui começamos a frequentar a ONG Reencontro, que é um grupo de apoio à adoção, onde trocamos experiências com casais que já estão com seus filhos e os que ainda estão à espera falam sobre suas expectativas. Esse grupo foi extremamente importante para que a gente vivesse a realidade da adoção, para saber mais sobre o antes e depois, entender os motivos que tornam o processo tão longo”, explicou ela. Foi então que o casal decidiu estender a idade do perfil da criança que desejavam (antes de 0 a 3 anos) passando a aceitar criança de até 7 anos.

Quando participaram do projeto “Vidas que se encontram” em 2019, conheceram a filha, na época com 08 anos (hoje com 10 anos). Em setembro do mesmo ano, começaram o período de aproximação/vínculo com a menina e, em novembro, a filha já estava com o casal definitivamente. “Desde então nossa rotina mudou muito. Agora tudo gira em torno das necessidades dela. Agora, sim, nos sentimos uma família. Foram 06 anos de espera e, hoje, enxergo o quanto o tempo foi necessário para que a gente pudesse se preparar melhor”, comentou Aretusa. Ela, que é voluntária na ONG antes mesmo da adoção, considera que, com o suporte da Reencontro, o casal aprendeu muito com as experiências de outras famílias e tiveram o acolhimento necessário para que o processo de adoção se tornasse realidade.