Grande Curitiba

Deputada Mabel Canto pede que aulas técnicas voltem ao modo presencial no Paraná

Medida do Governo do Estado substituiu docentes técnicos por aulas da universidade em um contrato de R$38,4 milhões
30 de março de 2022 às 14:46

COM ASSESSORIAS – A deputada estadual Mabel Canto (PSDB) questionou a Secretaria de Educação e do Esporte (SEED) sobre a forma que as aulas dos cursos técnicos de Administração, Agronegócio e Desenvolvimento de Sistemas, em parceria com a Unicesumar, estão sendo ministradas nos centros de educação profissionalizante do Estado do Paraná. As disciplinas são ministradas de modo remoto. Mabel levou à Assembleia Legislativa do Paraná a conversa que teve com um grupo de pais nesta terça-feira, dia 29 de março, que reclamam da atual modalidade de ensino.

Protestos para que o ensino remoto seja substituído pelo presencial tem ocorrido em todo o Estado, como nas cidades de Cascavel, Ponta Grossa, Coronel Vivida, Pato Branco, Corbélia, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, entre outras. Pais e alunos pedem a volta das aulas com professores da rede pública de ensino. “Um professor não pode ser substituído por uma máquina”, destaca um cartaz do movimento.

Mabel pede para que a SEED, por meio do Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa (NRE), converse com a comunidade escolar destas instituições técnicas, como o CEEPPG e o Colégio Estadual Presidente Kennedy, para que juntos possam reverter a atual situação.

O ensino

O objetivo inicial era que as aulas deveriam ser ministradas por professores fisicamente presentes, onde seriam transmitidas apenas para localidades menores por meio virtual, com a presença de monitores para auxílio na interação entre alunos e professores. Segundo Mabel, não é o que se verifica nas instituições técnicas de ensino do Paraná. “Alguns dias atrás aconteceram manifestações em Cascavel e também em Ponta Grossa. A reclamação é de que não há professores em sala de aula, e que por esse motivo, os alunos vem sendo prejudicados”, disse.

Mabel conta que em algumas salas de aula tem apenas uma televisão, sem o monitoramento de profissionais como prometido pelo Governo. “Fico pensando, onde já se viu, colégios como o CEEPPG, com toda sua estrutura, não ter aula presencial nestes cursos técnicos. É inadmissível isso. O Estado não está primando por educação de qualidade aos nossos jovens”, lamenta.