Fatores de limitação impedem plantas de absorver os nutrientes
COM ASSESSORIAS – Já está na pauta de todo produtor rural para onde direcionar boa parte dos recursos de investimento nas lavouras. São estes dois setores bem definidos: fertilidade de solos e controle de ervas daninhas, pragas e doenças. Segundo o engenheiro agrônomo, especialista em fisiologia vegetal e coordenador de pesquisa e desenvolvimento da DVA Agro, Renato Menezes, rotineiramente relatos são ouvidos à campo como por exemplo, “adubo no solo e defensivo na folha é o básico que pode ser feito, o resto é só chover ou irrigar que dá tudo certo’’.
Mas, não é bem assim. O que se tem observado é que mesmo que com uma boa fertilização, controle eficiente de ervas daninhas, pragas e doenças, e, volumes de chuvas ou manejo de água adequado para a cultura nas áreas irrigadas, os altos níveis de produtividade muitas vezes não são alcançados. “Os problemas só passam a existir a partir do momento que tomamos ciência dos mesmos”, destaca o profissional.
Isso acontece devido aos fatores de limitação da exteriorização da capacidade produtiva para a maioria das culturas exploradas comercialmente. “Estes fatores influenciam na plena capacidade das plantas em absorver os nutrientes que estão disponíveis na solução do solo”, relata o coordenador.
O cenário atual de altos custos e falta de insumos, levanta ainda mais a importância dessa questão do aproveitamento dos nutrientes pelas plantas. “É de suma relevância entender a dinâmica de absorção e fatores correlatos a interação entre solo, nutrientes e plantas”, afirma o especialista.
Fatores que limitam
Quando falamos de fatores limitantes de absorção do nutriente no solo, é preciso pensar em duas situações específicas, a primeira, é na interação do nutriente dentro do sistema da solução do solo. Três pontos quanto a isso são relevantes segundo o engenheiro agrônomo. “O primeiro é a presença do nutriente, claro, se ele não está presente, não tem disponibilidade para absorção da planta. Segundo, o nutriente pode estar presente, mas não está disponível. A terceira situação é estar lá, disponível, mas desequilibrado em concentração”, explica. Por exemplo, quando um nutriente está com uma concentração muito elevada, interfere na seletividade das raízes a na absorção dos demais ali presentes.
Outra situação, é com relação a planta e a interação com o nutriente, levando primeiro em consideração o sistema radicular. Se este for pequeno, haverá menor cobertura de área no solo. “Consequentemente esse sistema não promovendo cobertura de área específica, não possibilita acesso a quantidade de nutrientes que estão ali presentes”, conta o especialista.
O segundo ponto é que a planta precisa dar condição de saída de água pela parte aérea, para promover a entrada pelo sistema radicular de mais água e com ela os nutrientes. Mas, existem fatores que influenciam diretamente nessa capacidade, principalmente vinculados a interferências ambientais, como alta temperatura, baixa umidade relativa do ar, falta de luz, atividades no manejo, entre outros.
“Esses pontos todos estariam diretamente vinculados à limitação da planta, de conseguir absorver os nutrientes que estão ali presentes, disponíveis e equilibrados”, aponta Menezes.
Como resolver?
Há hoje no mercado produtos que podem auxiliar o agricultor a melhorar a performance dos nutrientes. A linha Incentia da multinacional DVA Agro, por exemplo, é uma dessas opções. Ela foi planejada com o objetivo de interferir positivamente nas respostas das plantas frente aos estímulos ambientais e de manejo que poderiam levar a severas limitações na capacidade de absorção dos nutrientes e plena atividade dos mesmos no metabolismo vegetal. “Todo o programa de recomendação das tecnologias, que fazem parte da linha Incentia, é dedicado a otimizar a absorção dos nutrientes pela planta e estimular a plena capacidade metabólica da mesma no uso do que foi absorvido”, completa o especialista.