2022 alcança o triplo de castrações de cães e gatos em Campo Largo, na comparação com anos anteriores
COM ASSESSORIAS – Um levantamento da Vigilância em Saúde mostra que, somente este ano, já foram castrados em Campo Largo o total de 1.263 animais, entre cães e gatos, até o momento. Essa soma vem da ação Castramóvel na Ferraria (844), CastraPet em Bateias (274), e daqueles procedimentos em clínica (145). Este número deve aumentar até o fim do ano pelos agendamentos em clínica que ainda vão acontecer.
Na comparação com anos anteriores, é mais do que o triplo. Em 2019 foram castrados 82 animais, já em 2020 foram 324 bichinhos, e em 2021 foram 338 animais. Esses números registrados são de procedimentos em clínica e, é claro, leva-se em conta o período da pandemia. Além da castração, o destaque é a microchipagem destes animais. “Com a questão da quantidade muito grande de animais nas ruas, ao colocar um chip identificando quem é o proprietário temos a responsabilização. Porque quando o animal é pequenininho é maravilhoso, lindo, mas depois ele cresce e as pessoas querem se livrar, jogam na rua. Tendo o chip vai ser identificada a pessoa que teve essa atitude, ela pode inclusive ser criminalizada por esse ato”, afirma o prefeito de Campo Largo, Maurício Rivabem.
Escolha das regiões – Os distritos Ferraria e Bateias receberam pela primeira vez um mutirão de castração, e o objetivo foi alcançar animais das diversas localidades quee stão dentro de cada distrito, alcançando até mesmo Três Córregos, bem como moradores das regiões já tinham feito o CadÚnico. Eles tiveram prioridade nas Unidades Móveis de Castração, como medida de controle e prevenção de uma zoonose que está circulando por lá, de relevância à saúde pública pois pode acometer seres humanos: a Esporotricose. Seus sintomas aparecem após a contaminação do fungo na pele. Para prevenir a Esporotricose o único jeito é a castração. Agora as pastas estão em tratativas para expandir os mutirões para outras regiões de Campo Largo, no ano que vem.
“Estamos muito felizes com esses resultados. Tivemos uma enorme adesão da população nos dois distritos, em um esforço conjunto de proteger esses animais. Procuramos orientar ao máximo o pré e pós cirúrgico e deu certo. Vimos pessoas comprometidas em cuidar, se esforçando para seguir as recomendações e com tranquilidade depois dos procedimentos, demonstrando a adoção responsável que tanto defendemos”, afirma Gisele Sprea.
As movimentações diferentes na Ferraria e em Bateias revelaram muitos pets fofos, muitos tutores dedicados, e também a parceria entre vizinhos. Alguns que se cadastraram, mas tinham dificuldade ou nenhuma possibilidade no transporte, contaram com a ajuda de vizinhos para levar seus animais. E teve quem foi sozinho e contou com a ajuda de quem estava trabalhando no projeto.
A Secretaria Municipal de Saúde reitera que está disponível nos canais de comunicação já estabelecidos com os tutores, inclusive no WhatsApp, para qualquer dúvida enquanto eles estejam com seus animais em recuperação.
“A castração limita os impulsos de comportamento dos gatos e cães na busca pela reprodução, mas tal intervenção não significa que eles possam ficar livres. É preciso que, para diminuir a transmissão da zoonose, a comunidade continue ajudando e não deixe os animais soltos nas ruas. Cães e gatos mais seguros são o resultado esperado de uma ação dessa, mas só alcançamos isso coletivamente”, finaliza a veterinária.