Grande Curitiba

Campo Largo apoia e incentiva a amamentação e o aleitamento materno nos CMEIs

As mães podem amamentar seus filhos nos Centros Municipais de Educação Infantil, os CMEIs. Alguns deles disponibilizam sala de amamentação. Na impossibilidade de a mãe ir até o local, ela pode mandar o leite materno que será armazenado e oferecido ao bebê
6 de março de 2023 às 12:23
(Foto: Taianá Martinez (SMCSeTI)

COM ASSESSORIAS – Toda criança tem direito ao aleitamento materno e as mães têm o direito de amamentar seus filhos. Partindo desta garantia prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em Campo Largo, as mães podem amamentar seus filhos sempre que quiserem nos Centros Municipais de Educação Infantil, os CMEIs. Na impossibilidade de a mãe ir até a instituição, ela pode mandar o leite materno que será armazenado e oferecido ao bebê dentro da rotina de alimentação.

De acordo com o Ministério da Saúde, não há obrigatoriedade nem legislação sanitária nacional específica para as salas de apoio à amamentação em creches, mesmo assim, a secretaria de Educação de Campo Largo, através da Divisão de Alimentação Escolar, está criando salas de amamentação nos CMEIs com o objetivo de estimular a continuidade do aleitamento materno.

Hoje são seis instituições que contam com o espaço: CMEI Criança Esperança, CMEI Gente Miúda, CMEI Irmã Dolores, CMEI Marilene Domingas Rivabem Sphair, CMEI Ouro Verde e CMEI Victor de Almeida Barbosa. São ambientes exclusivos, preparados especialmente para garantir conforto, higiene e segurança para as mães e para os filhos.

“É importante lembrar que, mesmo nos CMEIs onde ainda não têm um espaço específico para a amamentação, as mães têm o direito de ir e serão acolhidas para que possam amamentar com tranquilidade o filho”, explica a nutricionista Vitória Dengo.

Uma alimentação saudável começa com o aleitamento materno. Não existe nenhum alimento mais rico, nutritivo e completo para o bebê. O leite materno não só fornece todos nutrientes, a energia e a hidratação que o bebê precisa até os 6 meses de idade, mas também contém anticorpos que protegem o corpo da criança durante toda a infância contra doenças e infecções.

A balconista Marisa Ferreira da Luz utiliza a sala de amamentação do CMEI Ouro Verde porque pretende amamentar o pequeno Isaac de 7 meses até os dois anos. “Eu consigo ver se ele está bem, fico tranquila que ele não está com fome nem com saudades de mim. Nem sempre meu trabalho permite, mas sempre que posso, venho amamentá-lo”, conta.

Marisa tem razão, já que a amamentação também tranquiliza o bebê e é um momento único de contato e criação de vínculos entre mãe e filho. Além disso, ajuda no desenvolvimento da boca e da face da criança, contribuindo com o desenvolvimento dos dentes, da fala e da respiração.

Uma das grandes preocupações da maternidade é o retorno ao trabalho e com ele o desmame precoce, já que mãe e filho passarão muitas horas longe um do outro. A professora da rede estadual, Vanda Gusmão Drobanski, está se preparando para a volta ao trabalho em pouco dias. Além de amamentar Augusto, de 6 meses, no CMEI, ela faz a retirada do leite materno em casa e deixa na instituição.

“Ele fica aqui para já ir se adaptando, mas o mais importante é que o CMEI realmente ofereça o leite materno. A primeira coisa que eu perguntei ao fazer a matrícula dele era como funcionava a amamentação e o aleitamento. Logo me disseram que eu poderia vir a qualquer hora amamentar meu filho ou deixar o leite para ser ofertado a ele. Isso me deixou bem mais tranquila”, disse.

Aleitamento – Quando a mãe não consegue incluir na rotina a ida até o CMEI para amamentar o filho, ela pode deixar o leite com as lactaristas. “São profissionais que participaram de capacitação para armazenar e manipular corretamente o leite materno”, explica a nutricionista Caroline Fontinele.

Os procedimentos para ordenha, armazenamento e oferta do leite materno estão descritos no Manual dos Lactários, elaborado pela Divisão de Alimentação Escolar. As mães que desejam ter acesso ao documento ou obter mais informações sobre o assunto devem pedir à direção da instituição em que o filho está matriculado.

Saúde e nutrição – O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que as crianças se alimentem exclusivamente de leite materno até os 6 meses de vida. Após esse período, se a criança apresentar sinais de que está pronta para receber alimentos, o leite materno deve ser complementado com outros alimentos, pois continua sendo uma fonte importante de nutrientes, energia e fatores de proteção. A recomendação é a de que o aleitamento materno seja continuado até os 2 anos ou mais.