Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – “A Defesa Civil é definida como um sistema integrado de gestão de serviços de emergência. Proporciona a proteção e a assistência à população diante de qualquer desastre, acidente e situações de conflito, sejam de origem humana ou natural”, destaca o diretor de Operações da Defesa Civil de Campo Largo, Maicon de Lima Soares.

O mês de março é lembrado como o mês da Defesa Civil – dia 01/03 é a data em que se comemora o Dia Internacional da Defesa e Proteção Civil. Em consonância, o Município participou do I Fórum de Defesa Civil, liderado pela Defesa Civil de Curitiba e integrado com as cidades da RMC. O evento teve como objetivo compartilhar boas práticas para prevenção de desastres e como aplicar a Resiliência em todas os municípios, com ações junto às comunidades, junto às especifidades de cada região, com o mesmo intuito: em uma situação de calamidade pública, de catástrofe e desastres, conter ao máximo o número de vítimas e prestar socorro de maneira efetiva, com integração de todas as forças de segurança, saúde, assistência social e população em geral.

O representante da iniciativa Construindo Cidades Resilientes 2030 (Making Cities Resilient 2030) – MCR2030, liderada pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres – UNDRR – participou do I Fórum, de forma on-line, e ressaltou que o trabalho conjunto com as cidades da RMC é eficiente e assertivo, servindo como base para o enfrentamento a situações extremas. Ele destacou que as Defesas Civis do Paraná têm um papel importante com a participação neste I Fórum, através da troca de experiências e ações de mitigação sobre condições climáticas. Foi observado que a integração é um centro de referência pois os eventos adversos não respeitam os limites entre municípios.

AÇÕES NO MUNICÍPIO – A Defesa Civil de Campo Largo já realizou capacitação com vários servidores públicos, com comunidades mais afastadas e ribeirinhas e continua com agenda para disseminar como agir em situações de conflito e de calamidade pública. Dentro da capacitação, são alinhados módulos como canais de pedido de socorro, como agir na própria residência em casos de desmoronamento de terras, em caso de destelhamento, fortes chuvas, inundações, tremor de terra, situações de violência e como a rede pública deve ser acionada para respectivas demandas. Também é ministrado um curso completo de primeiros socorros, tanto em acidentes de trânsito como a acidentes residenciais.

No dia 28/02 do corrente ano, a Defesa Civil Municipal capacitou todos os diretores e pedagogos das escolas municipais e CMEI’s, em conformidade com a Lei Lucas – nº 13722/18, sancionada no dia 04/10/2018, que traz a obrigatoriedade das escolas públicas e privadas e espaços de recreação infantil se prepararem para atendimentos de primeiros socorros.

A lei determina pontos importantes de prevenção voltados para funcionários e profissionais da Escola. A lei exige:

– Treinamento dos profissionais sobre técnicas de primeiros socorros e que o mesmo aconteça a cada dois anos;
– A lei serve para escolas públicas ou privadas, assim como qualquer área especializada em atendimento infantil, como buffets, por exemplo;
– Todos os estabelecimentos precisam contar com kit de primeiros socorros em sua instalação;
– Os locais precisam fixar em um local visível a certificação que comprove a realização da capacitação dos profissionais.

O não cumprimento da determinação acarreta multa e até mesmo cassação do alvará escolar, caso o não cumprimento seja recorrente.

A aplicação da Lei Lucas é fundamental diante dos números de conflitos e até mesmo mortes que envolvem crianças; em 2017, ano em que o menino Lucas, o qual protagonizou a criação da lei, faleceu, 964 crianças morreram afogadas (dados da Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado).

Além da aplicação da Lei Lucas nas instituições de ensino do município de Campo Largo, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a capacitação de primeiros socorros também contemplou servidores públicos da Câmara Municipal de Vereadores, ainda, 120 participantes entre acadêmicos e docentes do curso de Engenharia Civil da UFPR, que vem realizando estudos e mapeamento das áreas de risco no município, com foco no desenvolvimento de ações mais estratégicas de prevenção e contenção; a capacitação também alcançou população ribeirinha, com aplicação de ações emergenciais e futura simulação de conflitos, aos moradores próximos da barragem do Rio Verde, que corta os municípios de Campo Largo e Araucária.

ATENDIMENTOS – A Defesa Civil de Campo Largo já registrou mais de dez atendimentos a casos de fortes chuvas, inundações e deslizamento de terras, somente este ano. O secretário da pasta pública responsável pelo órgão, Samir Moussa, destaca que o trabalho é conjunto e integrado e que todos os agentes de segurança pública têm papel fundamental no desenvolvimento dos serviços realizados para contenção de situações de emergência e urgência.

O diretor de Operações da Defesa Civil local, Maicon de Lima Soares, complementa a viabilização de dois projetos inéditos no município: Projeto Escola Segura, com a aplicação da Lei Lucas, e Projeto Cidadão Preparado, com os cidadãos campo-larguenses, em parceria com o poder público, sociedade civil organizada e ONG’s, que vem tomando forma e sendo disseminado com comunidades que se encontram em áreas de risco e vulnerabilidades.

RECEBA ALERTAS DA DEFESA CIVIL GRATUITAMENTE -É possível receber alertas de risco de desastres e/ou catástrofes pelo cadastro nos Alertas da Defesa Civil – pelo número de mensagem 40199:

– Você deve identificar no seu celular a opção SMS;
– No destinatário, digite o número 40199;
– Digite o CEP do seu endereço. Pode ser de casa, do seu trabalho ou do seu trajeto – de onde você estiver;
– Você pode cadastrar quantos CEP’s você quiser;
– Pronto! Você já está cadastrado.

SERVIÇOS

TELEFONES PARA CASOS DE EMERGÊNCIAS – Defesa Civil: 199 / Corpo de Bombeiros: 193

TELEFONE PARA RECOLHIMENTO DE GALHOS E ÁRVORES CAÍDAS – (41) 3291-5132

OBSERVAÇÃO – Não retorne ao local de deslizamento até que a Defesa Civil tenha feito uma avaliação do terreno, junto às demais autoridades públicas de segurança.