Informações sobre segurança e ameaças nas escolas foram divulgadas durante coletiva de imprensa

COM ASSESSORIAS – O prefeito Maurício Rivabem concedeu na manhã de quinta-feira (13) entrevista coletiva sobre as ameaças de ataques e segurança nas escolas municipais, estaduais e também nas instituições particulares.
Além do prefeito, participaram a secretária municipal de Educação, Dorotéa Stoco, a chefe do Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul, Eliandra Francielli Bini Jaskiw, o comandante da Guarda Municipal Marcos Leitão, a presidente do Conselho Tutelar de Campo Largo, Sônia Carlotto, o presidente da Câmara de Vereadores, João D´Água, e representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
O comandante da Guarda Municipal Marcos Leitão disse que não houve caso de ataque a nenhuma escola dentro do território do município. “Das ameaças que circulam pelos aplicativos de mensagens e redes sociais não houve nenhuma comprovação a não ser a disseminação do pânico”, disse.
Sobre as ameaças de ataques e disseminação de notícias falsas, o prefeito Maurício Rivabem foi categórico e disse que no município, não haverá tolerância para este tipo de crime. “Aqui o crime não prospera e nós respeitamos o campo-larguense”, declarou.
A Guarda Municipal (GM) apresentou nesta semana para alguns diretores de escolas o funcionamento do Botâo do Pânico. O dispositivo está dentro do aplicativo 153 da GM e, quando acionado, dispara na central um chamado de emergência que se torna prioridade no despacho de viaturas. “Todas as viaturas recebem o chamado e se deslocam rapidamente ao local”, explica.
Algumas escolas já podem utilizar o Botão do Pânico, outras estão realizando o cadastramento. O seu uso é simples mas precisa de treinamento. O comandante da GM explicou também que o Botão do Pânico não é liberado para o público em geral, “ele é para situações específicas de segurança e a pessoa precisa passar por treinamento, que é o que estamos fazendo com os diretores em Campo Largo”, conclui.
De acordo com o Governo do Estado, os professores das escolas estaduais, também podem acionar o Botão do Pânico através do Registro de Classe Online (RCO), sistema já utilizado pelos docentes para controle de frequência e notas dos estudantes, além dos planos de aula. O Botão do Pânico está vinculado ao aplicativo 190 PR, da Polícia Militar.
Além do dispositivo Botão do Pânico, a secretaria municipal de Educação tem hoje mais de R$ 6 milhões em contratos de instalação de câmeras, vigilância e monitores para os CMEIs e Escolas Municipais.
No momento, não há a possibilidade de aumento de efetivo na GM. “Alguns estudos em segurança pública, indicam que o ideal seria 1 agente de segurança para cada 500 a 1000 habitantes. Essa realidade é impossível para qualquer município, mas a população pode ficar tranquila porque em Campo Largo, tanto GM quanto PM, atuam diretamente contra a violência nas escolas”, disse.
Estaduais – A maior parte dos casos de ameaça em Campo Largo vem ocorrendo entre adolescentes, em escolas estaduais. A Polícia Civil investiga todos os casos encaminhados e, já há resultados e responsabilização pela disseminação do pânico. O autor das ameaças no Colégio Estadual Sagrada Família, por exemplo, ocorrência registrada no dia 16 de março, foi identificado pela Polícia Civil e responderá pelo ato infracional.
A chefe do Núcleo Regional de Educação, Eliandra Francielli Bini Jaskiw, reforçou a importância da participação dos pais no diálogo em casa.
“Além de conversar com os filhos, revise diariamente o material escolar da criança ou do adolescente, precisamos resgatar a boa relação com os jovens”, disse.
O uso do uniforme escolar completo também foi citado como medida de segurança. “É pelo uniforme que os professores e funcionários, e também a polícia, podem identificar quem é e quem não é estudante e identificar um suspeito”, disse.
A possibilidade de aulas on-line estão descartadas. De acordo com o NRE, dentre os 14 municípios da regional, Campo Largo sempre manteve alto índice de presença escolar. Na semana passada, 92% dos alunos matriculados compareceram às aulas e nesta semana o índice está em 86% de presença. “Os estudantes que estão fora da escola estão perdendo conteúdo, aulas e avaliações que mais tarde serão difíceis de serem recuperados”, concluiu.