Grande Curitiba

Projeto que capacita mulheres na atuação de prevenção à violência foi apresentado na Prefeitura de Campo Largo

O "APTA por ELAS" deverá capacitar ao longo do ano 56 mulheres campo-larguenses para atuarem nas comunidades como líderes e agentes de interlocução entre a população e o poder público.
19 de março de 2024 às 14:35
(Foto: Camila Prado (SMCSeTI)

COM ASSESSORIAS – A Associação de Pesquisa e Tratamento do Alcoolismo (APTA) vai iniciar a implementação em Campo Largo do projeto de prevenção e enfrentamento à violência doméstica e ao abuso de álcool e outras drogas chamado “APTA por ELAS”.

O projeto tem patrocínio da Itaipu Binacional e o apoio de execução da Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Os detalhes do projeto foram apresentados na última quinta-feira (14) aos servidores municipais, coordenadoras dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), diretoria de Apoio à Mulher de Campo Largo e Polícia Militar pelo diretor-executivo da APTA, Luciano Lacerda.

O “APTA por ELAS” deverá capacitar ao longo do ano 56 mulheres campo-larguenses para atuarem nas comunidades como líderes e agentes de interlocução entre a população e o poder público. Os encontros, rodas de conversas e atividades comunitárias envolverão mais de 100 mulheres nos territórios atendidos pelos quatro CRAS do município (Ferraria, Popular Nova, Rivabem e Jardim Meliane) e outras redes locais (igrejas, associações, escolas, centros comunitários), abrangendo ao máximo diversos territórios do município.

Lacerda explicou que o projeto visa fortalecer as práticas políticas e sócio-culturais desenvolvidas pelas mulheres na comunidade; orientar a comunidade na prevenção e redução das violências; promover ações sobre direitos humanos, de proteção da vida e estimular a paz, além de identificar e encaminhar as demandas por serviços de utilidade pública e rede de proteção social.

“Elas serão capacitadas para o reconhecimento de vulnerabilidades em saúde mental, consequência do uso de álcool e outras drogas, orientação em relação a direitos humanos e acesso à justiça, redes de proteção, políticas públicas, sexualidade, Lei Maria da Penha, entre outros temas”, disse o diretor-executivo da APTA.

Etapas – Inicialmente, as coordenações dos CRAS indicarão mulheres das comunidades que tenham mais de 18 anos, para participar do curso de formação. Serão 14 mulheres inscritas por CRAS, sete na turma de abril e sete na turma de maio, totalizando 56 mulheres.

Após a formação das 56 mulheres na capacitação, elas irão organizar os encontros em seus locais de moradia para multiplicar os conhecimentos adquiridos, com apoio da Coordenadoria de Projetos da APTA, a qual irá acompanhar os encontros comunitários, e em novembro, está previsto um evento de encerramento, a Caminhada pela PAZ.

O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Eliezer Leal, falou sobre a participação da prefeitura neste projeto, com a SMDS e outras secretarias como Educação, Saúde e Desenvolvimento Econômico que, de alguma forma, irão contribuir para a execução do APTA por ELAS. “A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, assim como demais secretarias que participarão deste projeto, acreditam na importância desta capacitação. As mulheres são líderes de suas famílias, em suas casas, em seus pequenos negócios. É um projeto valioso”, concluiu.