Grande Curitiba

Ação no Centro da Juventude alertou jovens sobre os perigos do tabaco

Rodas de conversas com profissionais de saúde conscientizou adolescentes sobre os riscos relacionados ao fumo e cigarro eletrônico. Atividade fez parte do Dia Mundial Sem Tabaco e divulgou o programa municipal de apoio aos fumantes
29 de maio de 2024 às 17:11
(Foto: Divulgação / SMS)

COM ASSESSORIAS – Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o tabaco mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano, sendo 1 milhão apenas nas Américas. A expectativa de vida dos fumantes é de, pelo menos, 10 anos menos que os não fumantes. Atualmente, em todo o mundo cerca de 1,3 bilhão de pessoas são usuárias de tabaco.

Ainda assim, as empresas do setor investem aproximadamente US$ 8 bilhões em marketing e publicidade. Então a conscientização se faz cada vez mais importante, por isso o dia 31 de maio foi escolhido como o Dia Mundial sem Tabaco. Afinal, a nicotina é uma droga psicoativa que causa dependência, levando a um comportamento compulsivo.

A Divisão de Saúde Mental, vinculada à Secretaria de Saúde de Campo Largo, promoveu nesta segunda-feira (27) duas atividades voltadas especialmente para os jovens, a partir desta data que tem foco na informação e no esclarecimento. Rodas de conversas aconteceram no Centro da Juventude com 23 adolescentes que participam do Programa Agente da Cidadania, além do técnico do Serviço Educador Social, Valter Laudelino Domingos Junior, e da assistente social, Sandra Lameu Krama.

No primeiro evento, realizado às 9h, os jovens tiveram a oportunidade de ouvir o psicólogo Célio Tavares Paes, assim como a técnica em Enfermagem Adriana Ferreira da Silva. Já às 13h30 foi a vez da terapeuta ocupacional Luciane de Lima e da assistente social Marcia Romovicz da Silva Souza.

“Com a prevenção ao uso de tabaco, estamos reforçando os benefícios de hábitos saudáveis e qualidade de vida”, afirmou Luciane de Lima, que também é coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD).

Procure ajuda – Ao tentar parar de fumar, o usuário sofre com desconforto tanto físico quanto psicológico, levando ao sofrimento. É comum que o dependente precise tentar várias vezes até conseguir largar o cigarro, então ajuda profissional pode ser fundamental. Por meio da Secretaria Municipal da Saúde, a Prefeitura de Campo Largo oferece um Programa de Tratamento para Cessação do Tabagismo, destinado a ajudar pessoas que desejam parar de fumar.

O programa faz um acompanhamento em quatro encontros semanais que, depois, se estende por quatro meses. Os participantes passam também por consulta médica e recebem materiais de apoio e medicamentos. Ele está disponível em três localidades do Município, confira:

  • Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD)
    Horário: 8h às 17h
    Endereço: Rua Joanin Stroparo, 114
    Telefone: 3393-1447
  • UBS Ferraria
    Horário: 8h às 22h
    Endereço: Rua Izídio Santos Cruzara, 375,Jardim Boa Vista – Ferraria
    Telefone: 3649-3488
  • UBS Dante Castagnolli
    Horário: 8h às 22h
    Endereço: Rua Joanim Stroparo, 119, Vila Bancária
    Telefone: 3291 5291

Cigarros eletrônicos – Diferentemente do que é defendido por boa parte dos usuários de cigarros eletrônicos (também conhecidos como vapes), esses produtos também são nocivos à saúde, conforme explica o Ministério da Saúde. Ao inalar os aerossóis produzidos pelo aquecimento da solução líquida localizada nos cigarros eletrônicos, a pessoa entra em contato com elementos nocivos à saúde, principalmente nicotina, substâncias cancerígenas e metais pesados.

Mesmo sem gerar a fumaça dos cigarros tradicionais, que é fruto da queima do tabaco, a literatura médica aponta que o uso de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) está associada a uma doença chamada EVALI (lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico, na sigla em inglês), que apresenta desde sintomas respiratórios leves até a presença de ar na membrana interna do tórax (pneumotórax).

Também é importante salientar que, em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou a proibição de fabricação, comercialização e divulgação do DEFs. Essa medida ainda vetou a produção, distribuição, armazenamento e transporte desses dispositivos em todo território nacional.