“Momi” recebeu palestra de conscientização sobre violência contra pessoas idosas
COM ASSESSORIAS – A Assembleia Geral da ONU reconheceu 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Por isso, o mês passou a ser conhecido como Junho Violeta, período em que a sociedade se mobiliza em torno do enfrentamento aos vários atos violentos contra essa faixa da população.
Para ajudar nesse processo de conscientização, a Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, realizou nesta segunda-feira (24), uma roda de conversa com o promotor de Justiça Diego Fernandes Dourado.
“A ideia [deste encontro] é divulgar que existem canais, existem recursos para a gente proteger os nossos idosos,” explicou o promotor. “É importante divulgar, é importante entender quais são os tipos de violência para não ocorrer, e se ocorrerem a gente conseguir identificar e punir, e cessar essa violência.”
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a violência contra a pessoa idosa não é apenas física. Segundo o promotor, ela também pode ser psicológica, financeira, patrimonial e sexual. A pessoa idosa ainda é vítima de abandono e de violência institucional, quando profissionais da saúde ou assistência social não prestam os devidos cuidados.
De acordo com a Agência Brasil, apenas nos três primeiros meses de 2024 foram registradas 42.995 denúncias de violações contra pessoas com 60 anos ou mais. O número representa um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado e de 117,5% quando comparado ao primeiro trimestre de 2022.
Por isso, o promotor reforça a importância de que a violência contra a pessoa idosa seja denunciada. Caso você suspeite de qualquer tipo de violência, entre em contato através dos seguintes canais:
- Disque idoso Paraná
Tel: 0800 141 00 01 - Disque Direitos Humanos
Tel: 100
WhatsApp: 61 9611 0100 - Polícia Militar:
Tel: 190 - Central de Atendimento à Mulher
Tel: 180
Aroda de conversa contou ainda com a presença do Secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Eliezer Leal; a representante da OAB-PR, Edenise Bertogy; e o Vice-Presidente do Conselho Municipal do Direito do Idoso, Valdemi Neves Reis.
Cuidado com as pessoas idosas – Atualmente cerca de 23 mil pessoas com 60 anos ou mais moram em Campo Largo e políticas públicas são essenciais para garantir a qualidade de vida para esta faixa etária.
Isso motivou a Prefeitura a implementar o programa Envelhecer Saudável e criar o Centro de Convivência do Idoso Jerônimo Stoco ‘Momi’, onde a população idosa tem acesso a oficinas, bailes, palestras e rodas de conversa.
“O Momi é muito importante para os idosos, para a sociedade,” declarou Valquíria Ximenes de Lima. “Hoje esse espaço é uma extensão da minha casa e da casa de muitos que vem aqui. Aqui tem oficinas que desenvolvem a mentalidade do idoso, tem exercícios, tem ginástica e a professora é maravilhosa, vai adequando os exercícios de acordo com a limitação de cada idoso.”
Dona Valquíria também falou sobre o cuidado que os servidores tem com as pessoas idosas que frequentam o Centro de Convivência e agradeceu à elucidativa palestra ministrada pelo promotor Diego Dourado. “Muitos dos que estão aqui jamais ouviram falar que tinha a possibilidade de se resguardar, de resguardar um vizinho que está sofrendo na mão de um filho, de uma filha,” agradeceu.
Disfagia – Após a roda de conversa sobre o Junho Violeta, os presentes puderam assistir à palestra ministrada pela fonoaudióloga Marcia Bordignon. Ela teve como tema a disfagia, doença que causa dificuldade em engolir e pode causar sérios problemas de saúde, já que os alimentos ou mesmo a saliva pode obstruir as vias respiratórias.
“A disfagia é um problema que se manifesta como dificuldade em engolir alimentos, líquidos ou até mesmo a própria saliva,” explica Bordignon. “Esse distúrbio pode ocorrer em qualquer fase do processo de deglutição, desde a preparação do alimento na boca até o transporte para o estômago. As causas da disfagia são variadas e podem incluir condições neurológicas, musculares, estruturais ou outras doenças.”
Além de uma atividade, as pessoas que participaram da palestra aprenderam os sintomas da disfagia, como ela é diagnosticada e o tratamento que pode ser aplicado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
