Educação Municipal incentiva cuidado e preocupação com o meio ambiente por meio do projeto “A Natureza da Criança”

COM ASSESSORIAS – Em vigor desde o primeiro semestre deste ano, o projeto “A Natureza da Criança” é uma iniciativa de educação ambiental idealizada pela divisão da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação, sob a responsabilidade dos coordenadores do Ensino Fundamental, Anderson Santos e Adelaine Martins.
O objetivo é envolver todas as Escolas Municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Campo Largo no planejamento de vivências que possibilitem a interação das crianças com o meio ambiente, desenvolvendo engajamento com a natureza. Para isso são realizadas atividades fora da sala de aula, direcionadas para preservação, proteção de espécies ameaçadas de extinção, consumo e cultivo de alimentos naturais, criação de jardins e pomares, vivências como trilhas ao ar livre, uso sustentável dos recursos naturais, meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) e ações sustentáveis. E o incentivo disso tudo é na escola, para que eles repliquem em suas residências e na comunidade.
“Com uma realidade em que recursos naturais estão sendo usados de forma desenfreada, o meio ambiente sofre com os desmatamentos, poluição, contaminação, descarte incorreto do lixo e emergência climática, é o que estamos vendo dia após dia. Então esse projeto visa criar nos pequenos uma consciência ecológica, a fim de retomar a harmonia que já foi mais equilibrada entre o homem e a natureza”, afirma Anderson Santos. Ele destaca ainda que a a proposta pedagógica incentiva a curiosidade, a pesquisa, e valoriza o protagonismo infantil e sua essência de conexão.
Como funciona – O projeto agrupa ações que visam promover, dentro e fora das escolas, o contato com a natureza. Ele está dividido em quatro ações que exigem o envolvimento das instituições escolares e que têm o suporte da Secretaria Municipal de Educação. Executado pelas professoras regentes de todas as etapas da Educação Infantil, e também do 1º ano do Ensino Fundamental (anos iniciais), o projeto conta ainda com o apoio dos pedagogos e gestores.
“Dessa forma, o projeto desenvolve a aprendizagem por meio de um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, de forma que contempla os campos de experiências e faz parte do dia a dia das crianças”, explica Adelaine Martins.
Na prática – A ideia inovadora conta com a parceria do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e deve se tornar um projeto permanente pois, além dos benefícios da vivência em meio a natureza e do contato com os elementos naturais, as crianças e educadores vivenciam, juntos, diversas situações de aprendizagem em uma proposta pedagógica que promove o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e estilo de vida sustentável.
Cada escola que participa do projeto foi convidada a proporcionar experiências para as crianças, respeitando os direitos de aprendizagem de Explorar, Brincar, Participar, Expressar, Conhecer-se e Conviver. E uma delas é oferecer, nas dependências das escolas e CMEI’s – se houver espaços naturais com terra ou grama (sem a presença de calçadas ou áreas cimentadas) – uma “trilha literária”, um caminho que ofereça uma sensação de natureza. Ali será o lugar de para escutar uma contação de história, realizar uma leitura ou explorar os livros.
Outra proposta pedagógica é incentivar o pequeno explorador, ou seja, trabalhar a pesquisa de campo, a arqueologia e a história. O professor prepara um ambiente externo para que possa direcionar as crianças providas de mochila, lupa, potinhos, lápis e bloquinhos de papel a saírem em busca de descobertas. Após cada expedição, eles exploram em sala de aula os achados.
Mais um estímulo é a proximidade das instituições de ensino com a comunidade onde estão inseridas, usando como norte o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 12, que trata do consumo e produção responsáveis. Esse é um dos 17 objetivos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas em 2015. A proposta é desenvolver uma ação de sustentabilidade que envolva a comunidade (horta, captação de água, energia renovável), a partir da realidade local.
Um jardim, por exemplo, é um laboratório vivo para desenvolver os sentidos ao entrar em contato com cheiros, texturas, sabores, cores e animais diferentes. Nele também é possível perceber como as ações humanas impactam o ambiente. Já a presença de meliponários – espaços dedicados a conservar as espécies de abelhas sem ferrão – nas escolas ajuda na preservação das abelhas que desempenham um papel fundamental na polinização. Confira as escolas que já têm meliponário:
E.M. Alexandre Sávio;
E.M. do Campo São Pedro;
CMEI Irmã Dolores;
CMEI Colibri;
E.M. Monsenhor Ivo Zanlorenzi;
CMEI Mariinha;
CMEI Dedé Mocelin;
CMEI Victor de Almeida Barbosa;
CMEI Maria de Jesus;
CMEI Criança Esperança;
CMEI Boleslau Liana;
E.M. Professora Lenovi A. Torres;
E.M. Diácono Edgar Marochi;
CMEI Maria da Luz Rossa;
CMEI Maria Rivabem;
CMEI Menino Deus;
CMEI Marilene Sphair;
E.M. Vereador José Andreassa
As crianças só compreendem e praticam o cuidado e a proteção do meio ambiente vivenciando, defendem os idealizadores do projeto.Então incentive os pequenos campo-larguenses a participarem do projeto e a protegerem as belezas de Campo Largo.