Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Aconteceu nesta semana, na Casa da Cultura, o 1º Fórum de Inovação de Campo Largo, uma iniciativa da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR). A noite do dia 26 foi dedicada a discutir e fomentar o desenvolvimento de ideias e práticas inovadoras que impactam a região, e contou com a presença de especialistas, líderes empresariais, empreendedores e profissionais de diversas áreas.

Esta primeira edição contou com a abertura do prefeito de Campo Largo, Mauricio Rivabem, que destacou a inovação não como um assunto apenas sobre tecnologia, mas sobre como sua aplicação de forma prática pode melhorar a qualidade de vida futura das pessoas.

Também esteve presente o secretário estadual da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, que destacou a atuação e as muitas parcerias já consolidadas do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ressaltando que o Paraná está em um momento especial. “O apoio se dá quando se direciona recursos. Só neste ano de 2024 tivemos mais de 700 milhões de reais voltados para a ciência, tecnologia e inovação. É uma revolução no estado através das universidades, dos institutos federais, e parabenizamos a iniciativa de Campo Largo de começar o trabalho nesse setor, o que é muito importante. Que sua execução tenha comprometimento e gente capacitada para criar oportunidades e ambientes revigorados, bem como sinergia com as lideranças locais”, afirmou.

Já o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Juarez Butture de Oliveira, reforçou a intenção de dar prosseguimentos à criação de um ecossistema de empreendedorismo, tecnologia e inovação, aspectos indissociáveis para colocar ideias em prática. “Esse ecossistema é um ambiente onde se promovem iniciativas de fomento à inovação, por agentes que acreditam que, por seu intermédio, se transforma a sociedade, alavancando seu desenvolvimento econômico e social”. Ele ainda listou quais são esses agentes: empreendedores, investidores, aceleradoras, incubadoras, universidades, governo, organizações setoriais e comunidade. E convocou: “os agentes citados estão aqui presentes. Está em nós a execução deste projeto”.

Assuntos do Fórum – A programação foi dividida por setores de atuação e teve, no primeiro painel, uma apresentação da Câmara Técnica de Inovação, vinculada ao Comitê Gestor do Município. Conduzida por Fernanda Lopata, essa parte da noite explicou aos presentes mais sobre a Lei nº 3.698/2023 que instituiu a Política Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação e sobre a cooperação técnica com o IFPR para a primeira Incubadora Tecnológica de Campo Largo, que promoverá projetos de pesquisa e inovação.

O segundo painel, intitulado “Cenário de Inovação em Campo Largo”, teve quatro especialistas: Fernanda Pessarini, do Sebrae-PR, Regina Augusto Flandoli, diretora de operações da Startup Syx Global, Joice Nalepa Ferraz, gerente administrativo/financeiro da Hitech Electric, e Lucas Gonçalves, engenheiro da mesma empresa que é a primeira montadora de veículos utilitários elétricos do Brasil.

A representante do Sebrae falou sobre o DTI: Destino Turístico Inteligente que é um braço das cidades inteligentes. “Temos como base uma plataforma inovadora e tecnológica para integrar e interagir, com ferramentas, processos, informações, até mesmo inteligência artificial. É uma forma de melhorar a gestão pública, a interatividade do turista e a qualidade de vida do morador. Trabalhamos com conectividade, acesso, sustentabilidade, criando um ambiente propício para a integração e novas experiências turísticas”.

Já a diretora de operações da Startup Syx Global apresentou o portfólio de clientes de renome e os ótimos resultados que a empresa local de vendas de ativos corporativos para reuso tem alcançado, sendo destaque em inovação e sustentabilidade com o 2º lugar na categoria IndTech e 6º lugar no ranking 100 open startups 2024. “Se algo não dá certo a gente mexe, muda constantemente a estrutura se for preciso, trabalhamos com melhorias diariamente. É isso que nos move e faz buscarmos sempre o melhor”, disse Regina.

E o engenheiro da Hitech Electric, empresa local que é a primeira montadora de veículos utilitários elétricos do Brasil, comentou sobre inovação: “Significa criar alguma coisa nova, mas também significa melhorar alguma coisa que já existe e que essa melhoria (ou produto ou ideia) gere algum valor monetário e social para as pessoas. Temos o caráter de revolucionar a mobilidade urbana, mas também para trazer mais economia e sustentabilidade para a sociedade”.

Por fim, o último painel da noite chamado “Cadeia da louça e inovação” contou com a historiadora Heloisa Sabin e o presidente do Tecpar, Celso Kloss. Ela foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo para financiamento de um documentário e contou sobre a obra que, a princípio, ia falar sobre a produção da porcelana. Porém, conforme foram surgindo os relatos das pessoas entrevistadas, ela mudou o rumo, revelando como as pessoas dedicaram suas vidas ao setor.

E o presidente do Tecpar orientou sobre as oportunidades futuras para a louça campo-larguense e sua notoriedade, inclusive com a disposição do Instituto em apoiar e colaborar no processo. “A partir de um organismo independente, com experiência técnica, é possível conferir um selo dizendo que o produto é de qualidade. Ou seja, que atende os requisitos técnicos de qualidade. Nisso podemos ajudar. Para o conceito de inovação, é importante lembrar que existe uma norma brasileira para sistemas de inovação. Sugerimos a busca pela certificação não só pelo benefício do selo, mas como um modelo a seguir para atingir um objetivo”.

A primeira edição do evento foi um marco histórico para Campo Largo. Continue acompanhando nos canais oficiais da Prefeitura de Campo Largo, e participe dos próximos passos de promoção da inovação e do desenvolvimento sustentável do município.