Grande Curitiba

Prefeitura vai inaugurar Escritório Local do Caximba

17 de junho de 2021 às 18:37
(Foto: Rafael Silva/COHAB)

COM ASSESSORIAS – As 1.693 famílias beneficiadas com o projeto Bairro Novo do Caximba vão ganhar nas próximas semanas um equipamento público para atender diariamente as demandas da comunidade, sanar dúvidas sobre o projeto, oferecer cursos de capacitação, realizar reuniões, entre outras atribuições. O Escritório Local do Caximba (ELO) será um plantão permanente da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) à disposição da população.

“Com a implantação do Escritório Local os cidadãos vão contar com uma fonte confiável de informações dentro do bairro, com técnicos preparados para esclarecer todos os detalhes do projeto que vai melhorar a vida das famílias da Vila 29 de Outubro”, explica o presidente da Cohab, José Lupion Neto.

Localizado na Rua Delegado Bruno de Almeida, 8.080, o ELO servirá para diversas ações previstas no cronograma do plano de reassentamento aprovado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Com uma equipe multidisciplinar, o imóvel de 260 m² de área construída funcionará como um canal direto de comunicação entre a Prefeitura e moradores.

Ações

Compromisso assumido pelo prefeito Rafael Greca desde o primeiro ano de mandato em 2017, o projeto Bairro Novo do Caximba promoveu diversas ações nestes quatro anos para possibilitar o início da intervenção física, prevista para o segundo semestre de 2021. Para obtenção dos recursos junto à AFD foi elaborado um completo cronograma de realizações, que incluem as etapas documentais de transferência de toda a área para o município e o trabalho de mapeamento da vila e cadastramento das famílias.

Em agosto de 2020, a Prefeitura de Curitiba e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) formalizaram o financiamento para o Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba. Serão € 47,6 milhões (Euros) em investimentos, dos quais € 38,1 milhões da AFD e € 9,5 milhões em contrapartidas do município.

No projeto e na execução de obras, o projeto deverá gerar 14 mil empregos em Curitiba, entre diretos (4.380), indiretos (2.336) e induzidos (7.300).

Para possibilitar a elaboração do projeto foi necessário mapear e cadastrar as famílias moradoras, a fim de delimitar o número de beneficiados, o que foi realizado em 2017, quando foram identificadas 1.693 famílias. Os recursos disponibilizados e o projeto elaborado levaram em conta este número.

Em 2018, a Cohab promoveu o remanejamento de famílias da parte final da ocupação. Em maio daquele ano foram transferidas 70 famílias e em dezembro outras 20. Os beneficiados foram para moradias provisórias, porém longe do risco de alagamentos.

A área de beira de rio desocupada após a transferência das famílias recebeu em outubro de 2018 o plantio de 120 mudas de árvores para a recuperação ambiental. Em agosto de 2019, técnica ambiental da Cohab mobilizou os moradores para avaliação clínica de cães e gatos por meio da Rede de Proteção Animal.

Participação popular

Desde 2018 o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e a Cohab estão próximos da comunidade, com a realização de visitas domiciliares, reuniões de apresentação do projeto, consulta pública, atendimentos e plantões, com objetivo de manter a população local bem informada sobre o andamento do projeto.

Dada a importância da participação e envolvimento da comunidade nas ações, todos os moradores e lideranças da Vila 29 de Outubro foram convidados para as reuniões realizadas, nas quais puderam opinar e sanar dúvidas referentes à intervenção. A eficácia para atingir os objetivos do projeto depende da participação ativa e plena das famílias beneficiárias.

Antes de elaborar o projeto e buscar os recursos, a Cohab percorreu a vila, em 2017, para contabilizar o número de famílias que seriam incluídas na intervenção. Foram cadastradas 1.693 famílias – das quais 1.147 serão transferidas para novas casas construídas dentro da própria vila e 546 receberão obras de infraestrutura, pavimentação de vias, restruturação urbana e as escrituras de propriedade dos terrenos.

A partir de então foram realizados cerca de 20 encontros entre representantes da Prefeitura e a comunidade, como reuniões de apresentação do projeto e consultas públicas – outra exigência da AFD para buscar junto aos moradores informações que pudessem promover ajustes no andamento do projeto.

Como parte das ações do Trabalho Social, será realizada a atualização dos cadastros e levantamento das famílias que excedam o quantitativo inicial. Também está prevista a eleição de uma Comissão de Representantes da comunidade, para a qual todos os interessados poderão candidatar-se, e que funcionará como mediadora entre a comunidade e órgãos responsáveis.