Startup do Tecnoparque moderniza varejo e gera inclusão social
COM ASSESSORIAS – A Anthor, startup curitibana que conecta repositores a redes varejistas por meio de aplicativo, gera oportunidades de renda e até ajuda a reduzir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. A retailtech surgiu em 2018 e, em agosto do mesmo ano, passou a fazer parte do Tecnoparque, programa da Prefeitura que possibilita a redução de ISS para projetos de base tecnológica.
A Anthor nasceu com o propósito de resolver uma questão muito impactante no faturamento do varejo: a perda de vendas por falta de produtos nas prateleiras. Para solucionar o problema, os fundadores Guido Jackson, Edouard Thomé e Willian Menegali desenvolveram um projeto baseado na economia compartilhada, semelhante ao modelo adotado por empresas de aplicativo de transporte.
ESG
Dois anos e meio depois do início das atividades, a startup da capital já chegou a três estados e recebeu mais de R$ 7 milhões em aportes, em duas rodadas de investimento, e se destacou na área de ESG – sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança).
Isso porque a Anthor também tem como missão ser uma empresa inclusiva. Atualmente, as mulheres acima de 41 anos são responsáveis por mais da metade do grupo de repositores da startup. A participação delas também se faz presente no escritório da Anthor, que conta com um quadro de funcionários 54% feminino.
“Mulheres, mães, muitas vezes únicas provedoras de renda da família. Este é um perfil comum dentre aqueles que se cadastram em nossa plataforma e que encontram em nosso trabalho uma oportunidade de renda extra com ganhos semanais”, comenta Edouard Thomé.
Além disso, o serviço oferecido pela retailtech curitibana tem impacto no meio ambiente, como mostra estudo realizado pela assessoria We.Flow, especializada em questões ambiental, social e governança. A consultoria mediu quais as contribuições que a Anthor tem agregado ao ambiente de ESG e chegou à conclusão de que um repositor da startup se desloca 7,12 km por dia, bem menos que os 13 km percorridos diariamente pelos repositores tradicionais do varejo.
Essa proximidade entre a casa e o trabalho, e a consequente redução do deslocamento para executar as missões, possibilita que os “anthors” usem meios de transporte como deslocamento a pé, bicicleta e o transporte público numa razão muito maior que o modelo atual de reposição. O resultado de toda essa otimização, segundo o levantamento da We Flow, foi uma redução de 69% na emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, uma economia equivalente a 199 toneladas somente nos últimos 12 meses.
Desoneração
Relançado pelo prefeito Rafael Greca, em 2018, o Tecnoparque já garantiu apenas neste ano R$ 30,4 milhões em recursos para investimentos de startups e empresas de Curitiba. O valor é referente à desoneração oferecida pelo município às empresas inscritas, entre janeiro e maio deste ano, com a redução de 5% para 2% no Imposto Sobre Serviços (ISS).
“É um programa importante para apoio aos projetos das empresas de tecnologia como a Anthor”, diz Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, responsável pela gestão do programa da Prefeitura.
O Tecnoparque tem todo mês oficinas de orientação para elaboração de projetos. A próxima será no dia 30 de julho, das 14h às 16h. Informações e inscrições no www.agenciacuritiba.com.br/incentivo/tecnoparque.