Prefeitura faz análise topográfica em área do novo terminal do Capão da Imbuia

COM ASSESSORIAS – A Prefeitura de Curitiba inicia, neste mês de setembro, os trabalhos de levantamento topográfico da área que vai receber o novo terminal do Capão da Imbuia, no entorno da Rua da Cidadania do Cajuru. A obra prevê o atingimento de 22 lotes que serão desapropriados para a construção do novo terminal. A desapropriação está prevista no Decreto 737, publicado em abril de 2021.
Nesta semana, os proprietários dos lotes a serem atingidos receberam a correspondência sobre o início do processo de mensuração das áreas, entregue nos endereços pelas equipes técnicas do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc) e da Unidade Técnico Administrativa de Gerenciamento (Utag).
O novo terminal do Capão da Imbuia faz parte do Projeto de evolução do BRT (Ligeirão) Leste-Oeste e Sul, que integra o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, para a ligação entre Pinhais e o Terminal CIC Norte com a futura operação de ônibus elétricos. Para esse empreendimento de melhoria do transporte estão previstos investimentos de US$ 93,75 milhões, dos quais US$ 75 milhões em negociação com o New Development Bank (NDB) e US$ 18,75 milhões de contrapartida municipal. O programa será executado ao longo dos próximos cinco anos.
A ampliação do terminal do Capão da Imbuia vai aumentar a capacidade de atendimento do equipamento de 39.369 passageiros/dia útil em 11 linhas de ônibus para 49.123 passageiros/dia útil diretamente beneficiados em 16 linhas de ônibus. Mais de 100 mil usuários do sistema de transporte coletivo serão beneficiados pelo novo terminal.
A obra prevê três plataformas e 22 pontos de parada simultâneos. A ampliação vai ser implantada na quadra ao lado do equipamento atual, vizinha à Rua da Cidadania do Cajuru, entre as ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster, com área total construída aproximada de 9.920,00m², contando ainda com um bicicletário de apoio.
Desenvolvimento
A implantação do novo terminal, a requalificação da Rua Francisco Mota Machado para uma via de tráfego de fluxo contínuo e o binário formado pelas ruas Professor Nivaldo Braga e Professora Olga Balster ajustam o segmento do Corredor de Transporte Leste-Oeste, implantando características próximas a de outros eixos estruturais, que orientam crescimento da cidade.
Aprovado em 1966, o Plano Diretor de Curitiba é sustentado pelo Sistema de Trinário Vias, formado por uma faixa exclusiva para o transporte coletivo, duas de tráfego lento, que permitem o acesso ao comércio e às residências, e duas vias externas, em sentido contrário (centro-bairro e bairro-centro) chamadas de vias de tráfego rápido.
No eixo Leste-Oeste, por conta do paralelismo com a Ferrovia, a configuração tem dificultado a implantação de um sistema viário de maior fluidez, reprimindo o desenvolvimento que o zoneamento permite pela legislação de Uso e Ocupação do Solo.
As obras do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável vão promover a expansão imobiliária, comercial e de prestação de serviços, trazendo uma nova dinâmica para a região. Com as reduções dos tempos de viagem, mais conforto para o usuário e melhor operação do sistema do transporte coletivo, todo o fluxo de trânsito deve ser beneficiado com a redução do uso do carro.
Próximos passos
A empresa contratada para o levantamento topográfico tem até 90 dias para entregar as medidas dos imóveis. Em seguida, o setor de Patrimônio da Prefeitura faz o levantamento de valores de mercado e inicia as negociações com cada proprietário.
O prazo médio para desocupação dos imóveis é de um ano a partir do fechamento da negociação. Nesse período, a Prefeitura desenvolve os projetos executivos e as licitações das obras. A previsão é de que as obras sejam iniciadas em meados de 2023, com entrega em 18 meses.