Vereadores vão até SMS perguntar sobre o óbito na UPA Boa Vista
Depois de realizar uma diligência à UPA Boa vista, na última quinta-feira (27), a Comissão de Saúde, Bem Estar-Social e Esporte tem uma reunião, na tarde de hoje (31), às 16h, com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), para buscar informações sobre a morte de uma pessoa naquela Unidade de Pronto Atendimento. Presidente da comissão, Noemia Rocha (MDB) informou que o encontro é para apurar as circunstâncias do falecimento de Vitor Lourenço Campos da Silva, de 40 anos, que veio a óbito no dia 24 enquanto aguardava socorro.
“Precisamos entender como um cidadão entra numa UPA à noite, fica até às 5h da manhã, com dificuldade de respiração e não recebe atendimento. Caiu desmaiado e veio a falecer. É inconcebível. Por que não foi atendido?”, questionou a vereadora, na semana passada, por ocasião da ida à UPA. Além de Noemia Rocha, fazem parte da Comissão de Saúde Marcelo Fachinello (PSC), Oscalino do Povo (PP), Pastor Marciano Alves (Solidariedade) e João da 5 Irmãos (União).
Pedido de informações
Em paralelo à agenda na UPA, foi protocolado um pedido de informações oficiais na CMC sobre o caso (062.00663.2022). Com 16 questionamentos, nos quais pede detalhes da operação da UPA Boa Vista na madrugada em que Vitor Silva faleceu, o ofício é assinado por Noemia Rocha, Amália Tortato (Novo), Ezequias Barros (PMB), Marcos Vieira (PDT), Pastor Marciano Alves (Solidariedade) e Rodrigo Marcial (Novo).
O pedido de informações quer detalhes do primeiro atendimento a Vitor, na UPA Campo Comprido, o motivo de ele ter sido levado à UPA Boa Vista pelo Samu após piora do seu estado, quais motivos impediram que fosse atendido com urgência, quem eram os médicos de plantão, se a SMS abriu processo administrativo para lidar com o assunto e qual o estágio dessa sindicância dentro da Prefeitura de Curitiba.
Cancelamento na Alep
Inicialmente agendada para hoje (31), às 14h30, a reunião entre as comissões de Saúde da CMC e da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foi cancelada. Não há nova data para o encontro entre os colegiados, cuja pauta era a crise dos hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A Comissão de Saúde recebeu dos hospitais Cajuru, Evangélico Mackenzie e Pequeno Príncipe a informação que eles operam com um déficit mensal de R$ 23,6 milhões, que pode forçar a redução de atendimentos à população.
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba