Grande Curitiba

Em Curitiba, o combate ao mosquito da dengue é constante

18 de maio de 2023 às 17:05
(Foto: Lucilia Guimarães/SMCS)

COM ASSESSORIAS – Em Curitiba, a Prefeitura mantém alerta constante, durante todo o ano, para evitar a circulação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

No Programa Municipal de Controle do Aedes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vistorias, monitoramento com uso de armadilhas ao inseto, uso de tecnologias como o drone e um cronograma de mutirões de limpeza são algumas das ações que o município realiza permanentemente:

Mas, por mais intensos e constantes que sejam os trabalhos dos agentes de endemias, não há logística, trabalho presencial e análise de dados que deem conta, sozinhos, de manter os mais de 432 km² de áreas urbanas e terrenos de Curitiba livres do mosquito. Por isso, é necessário que todos os curitibanos criem e mantenham uma rotina de vistoria e limpeza semanal em suas moradias e locais de trabalho para evitar possíveis focos de procriação do mosquito.

“Evitar a proliferação do mosquitto transmissor da dengue é uma preocupação para todos. Precisamos unir forças: o poder público, com as ações de prevenção e combate constante que realizamos, e a população, fazendo o controle do mosquito, removendo periodicamente todo objeto que possa acumular água”, destaca a coordenadora do programa municipal de Controle do Aedes, Tatiana Faraco.

Ela destaca que 69% dos focos positivos identificados em Curitiba foram encontrados em residências, o que reforça a necessidade de que cada cidadão faça sua parte, enquanto a Prefeitura faz e mantém várias ações permanentes.
Conheça algumas delas:

Vistorias

São realizadas durante o ano todo em casas, comércios e espaços públicos. Os agentes de endemia da Prefeitura pedem permissão a moradores e proprietários para acessarem casas e estabelecimentos e vistoriar o local, em busca de possíveis focos de proliferação do Aedes aegypti.

Nessas ações, também realizam a remoção de depósitos e criadouros dos ovos do mosquito e orientam os responsáveis sobre os cuidados necessários para o controle do Aedes.

Os agentes trabalham uniformizados e identificados com o crachá da Prefeitura. É fundamental que a população autorize o acesso: com olhar treinado, os agentes localizam possíveis locais de proliferação do mosquito, coletar amostras para análise, fazer o tratamento do local (se necessário) e dar as orientações para correção do local.

Vistorias com drone

Desde maio de 2022, a SMS aliou a tecnologia ao combate ao mosquito da dengue: está implantando o uso de drones para inspecionar terrenos de difícil acesso e empresas de grande extensão.

Ações pedagógicas

Atividades de conscientização sobre como evitar a proliferação do Aedes são realizadas por profissionais da SMS em escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). São atividades lúdicas que ensinam sobre o ciclo do mosquito e como interrompê-lo, com jogos como a trilha da dengue, caça ao mosquito e dominó temático.

As equipes também fazem a orientação em pontos diversos da cidade, com maquetes e material impresso que apontam locais de risco do aparecimento do mosquito e sobre os cuidados necessários para o controle do mosquito.

Delimitação de focos do mosquito

Nessa ação, os agentes de endemia delimitam uma área de 300 m de raio do ponto onde foram encontradas as larvas e inspecionam todos os imóveis. O objetivo é bloquear a proliferação do mosquito na região.

Essa delimitação ocorre quando a análise laboratorial das larvas coletadas em algum ponto da cidade confirma que se trata de um mosquito da espécie Aedes aegypti.

Bloqueio de transmissão de casos

O bloqueio é feito em locais com suspeita ou confirmação de casos de dengue, zika ou chikungunya. Agentes de endemias inspecionam todos os imóveis dentro de uma área de 300 metros de raio a partir do endereço do caso suspeito ou confirmado.

Central 156

Em caso de dúvida, a população pode solicitar pela Central 156 (por telefone, site ou app) a fiscalização quanto a possíveis focos do mosquito em imóveis habitados, visando a orientação dos proprietários. Também é possível informar suspeita de locais com água acumulada em imóveis desocupados ou terrenos vagos.

Identificação laboratorial

A SMS tem um laboratório que faz a identificação das amostras coletadas para verificar a espécie das larvas e mosquitos encontrados. O Aedes aegypti é mais escuro e menor que o pernilongo e tem algumas manchas brancas.

Caso a pessoa encontre o inseto com essas características e conseguir capturar uma amostra, pode levá-la, em um potinho, até uma Unidade de Saúde, que será encaminhado para análise.

LIRAa

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) é feito seguindo a diretriz do Ministério da Saúde no combate ao mosquito.

O levantamento é feito a partir de visitas dos agentes de endemias a casas, estabelecimentos comerciais e outros pontos em busca de possíveis criadouros, com coleta de amostras, eliminação de focos e orientações sobre o controle do mosquito.

Os locais a serem visitados são definidos por sorteio, dentro de uma metodologia aplicada em todo o País, que considera a densidade populacional e o número de imóveis de cada cidade.

Desde 2017, Curitiba passou a estabelecer a meta de realizar ao menos dois levantamentos anuais (o Ministério exige ao menos um) e ter um índice de infestação abaixo de 1%.

Mutirões Curitiba Sem Mosquito

Em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), os agentes comunitários e de endemias percorrem regiões de maior risco para a proliferação do Aedes e orientam os moradores para vistoriarem suas casas, reunirem o entulho para recolhimento pelas equipes de limpeza da SMMA.

Desde 2017, essa ação já coletou 4.500 toneladas de lixo e entulho que poderiam se tornar ponto para o mosquito botar ovos e estes estarem em condições ideais para eclodir.

Uso de Ovitrampas

Curitiba realiza a instalação mensal de 300 de ovitrampas por toda a cidade para analisar se há circulação de mosquitos na região escolhida.

As ovitrampas são pequenas armadilhas preenchidas com água – a “isca” para atrair o mosquito – instaladas em locais que simulam o ambiente perfeito para a procriação do inseto, que facilita que a fêmea bote os ovos.

Após quatro dias da instalação, as armadilhas são recolhidas e os ovos que forem coletados são enviados para análises laboratoriais, para verificar se é Aedes aegypti ou outra espécie de mosquito.