Caximba formata Plano de Ação de Gênero e elenca ações e desafios para os próximos anos
COM ASSESSORIAS – A articulação entre secretarias municipais de diferentes áreas deu origem ao Plano de Ação de Gênero (PAG) da Caximba, que será implantado na execução do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo da Caximba, em andamento pela Prefeitura de Curitiba.
As discussões para a formatação do PAG ocorreram nos últimos dois meses, organizadas pela consultoria Apoena Socioambiental, contratada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Em quatro encontros, servidores da Prefeitura de Curitiba das áreas de Saúde, Educação, Assistência Social, Habitação, Governo Municipal, Urbs, Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Esporte e Lazer fizeram imersões sobre as questões de gênero e os desafios de suas implantações nas políticas públicas. Também avaliaram as demandas da comunidade, a partir de encontros realizados no Escritório Local da Cohab na Caximba.
Na sexta-feira (16/6), foi realizado o último encontro para ajustes finais de metas e ações para reduzir violências e desigualdades de gênero no território da Vila 29 de Outubro, ponto focal do Projeto de Gestão de Risco Climático do Bairro Novo da Caximba.
“Temos propostas concretas para incrementar as abordagens de gênero em todas as áreas da municipalidade. Isso mostra a importância das articulações intrassetoriais para mudar a vida das pessoas assistidas pelo projeto, e, a partir daí, estender para todo o município”, avalia Elenice Malzoni, coordenadora da Assessoria de Direitos Humanos (ADH), setor da Prefeitura que vai coordenar a implantação do Plano de Ação de Gênero.
Eixos de ação
O PAG tem nove eixos transversais, que contemplam ações nas áreas de Saúde, Educação, Mobilidade, Segurança, Segurança Alimentar, Esporte, Participação e Liderança, Empreendedorismo e Renda e Gestão Pública.
Entre as propostas discutidas, está a articulação para a criação de grupo de meninas pela resiliência climática, a exemplo do que já ocorre em outras partes do mundo, com o suporte da ação Mulheres Unidas pelo Clima.
“A ideia é estimular o protagonismo das meninas nas ações de resiliência climática, promovendo intercâmbios, participações em diferentes esferas de gestão pública para discussão de soluções para as necessidades das áreas de vulnerabilidade climática”, explica a consultora Patrícia Betti.
As propostas passam ainda por questões básicas se segurança, como iluminação em pontos de ônibus até abordagem de cidadania e saúde, como a formação em temática de Direitos Humanos nas escolas da Vila e articulação de parcerias com universidades para o atendimento psicológico de alunos da rede pública.
A próxima fase do PAG será apresentar o trabalho para a comunidade e para os gestores públicos das áreas envolvidas para validação das ações, além de definir estratégias de orçamento e comunicação.