Frente parlamentar pede mais apoio financeiro ao Carnaval de Curitiba
Um pedido para que a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) aumente o apoio financeiro às escolas de samba e blocos de carnaval recebeu o apoio dos vereadores da capital, nesta quarta-feira (28), quando foi submetido ao plenário. Elaborada por membros da Frente Parlamentar do Samba, a sugestão ao Executivo (205.00272.2023) pede a elaboração de editais de incentivo específicos para essas manifestações e para outras vinculadas às culturas populares de Curitiba.
Protocolada pelo presidente da Frente do Samba, Angelo Vanhoni (PT), a sugestão cita reunião realizada neste mês entre os vereadores, a direção da FCC e nove escolas de samba. Na ocasião, os produtores culturais tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os futuros editais da Lei Paulo Gustavo, que vai injetar R$ 14,7 milhões no Fundo Municipal de Cultura. Na ocasião, os carnavalescos manifestaram sua preocupação em disputar recursos com outros segmentos, como shows e teatro.
Apesar de a FCC ter dito que, em razão da cota de 20% dos recursos serem para produtores negros e 10% para indígenas, as escolas de samba teriam boas possibilidades de serem contempladas, eles pediram à frente que formalizasse o pedido por um edital específico para os organizadores do Carnaval. Além de Vanhoni, assinam a sugestão Alexandre Leprevost (Solidariedade), Rodrigo Reis (União), Beto Moraes (PSD), Dalton Borba (PDT), Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Maria Leticia (PV), Marcos Vieira (PDT) e Professora Josete (PT).
“O tema já foi tratado [em reuniões e no plenário]”, explicou Josete, “mas é importante voltar a ele, porque é uma dificuldade mesmo”. “As escolas fazem dívidas, sacrifícios, para fazer o espetáculo. Os recursos são necessários para garantir essa festa popular”. “Quero reforçar o pedido para que, já no edital da Lei Paulo Gustavo, haja esse direcionamento para as escolas. Temos que fortalecer essa festa maravilhosa”, concordou Alexandre Leprevost. Hernani (PSB) apoiou a medida e requereu o ingresso como coautor.
Apesar de não serem impositivas, as indicações aprovadas na CMC são uma das principais formas de pressão do Legislativo sobre a Prefeitura de Curitiba, pois são manifestações oficiais dos representantes eleitos pela população e são submetidas ao plenário, que tem poder para recusá-las ou endossá-las. Por se tratar de votação simbólica, não há relação nominal de quem apoiou a medida – a não ser os registros verbais durante o debate, que ficam disponíveis à população no canal do YouTube ou nas notas taquigráficas.
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba