Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Parceria da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) reuniu, na noite desta quarta-feira (7/2), mais de mil profissionais para o Fórum de Manejo Clínico da Dengue. De forma híbrida, presencial e online, os participantes se atualizaram sobre o cenário da dengue em Curitiba e os protocolos assistenciais para o controle da doença.

“É um prazer imenso receber em nossa casa a Secretaria Municipal da Saúde com os maiores conhecedores do tema do momento, que é a dengue. Quero inclusive agradecer as ações preventivas da Prefeitura de Curitiba, pois tudo que é preventivo acaba sendo mais eficaz”, disse o vice-presidente do CRM-PR, Eduardo Baptistella, na abertura do encontro, destacando que o link com a transmissão do fórum ficará disponível para que mais pessoas tenham acesso ao conteúdo discutido.

Monitoramento permanente

A secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, contextualizou o cenário do combate à dengue em Curitiba, com o monitoramento permanente dos focos do Aedes aegypti desde 1997 e as ações de vigilância ambiental desencadeadas para evitar a proliferação do mosquito e a transmissão de casos da doença.

Segundo ela, essas ações evitaram que os mosquitos na cidade fossem infectados com a dengue, mas, em 2024, com situação de emergência em muitos estados e grande número de cidades do Paraná enfrentando epidemia de dengue, Curitiba passou a registrar casos autóctones, o que exige união de esforços de toda a sociedade para evitar o agravamento da situação.

“Embora todos saibam que não se pode deixar recipientes que acumulam água parada, nossas visitas domiciliares registram grande número de focos do mosquito, que têm o ambiente ideal para a proliferação nesses dias de calor intenso e chuva”, alertou a secretária.

Beatriz Battistella agradeceu a oportunidade de parceria com o CRM-PR para disseminar informações importantes sobre a dengue, inclusive com a atualização de protocolos assistenciais, de vigilância e urgência e emergência.

“O curitibano, tanto profissionais de saúde como os cidadãos, entende muito de doenças respiratórias, como asma, rinite e otite, que são característicos de nosso clima. Agora é preciso dar atenção também aos sintomas e sinais da dengue”, disse.

Para o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira, a capacitação dos profissionais é decisiva para evitar mortes por dengue, visto que a doença não tem alta taxa de letalidade, mas os óbitos acontecem muitas vezes pela subestimação da gravidade dos pacientes infectados por parte dos profissionais de saúde.

“Os sinais de alarme da dengue, que indicam a progressão para uma condição grave, muitas vezes não são evidentes, mas podem ser identificados por uma equipe bem treinada e que conheça a evolução da doença”, explicou Alcides.

Programação

Entre os temas abordados no encontro estavam a Vigilância Epidemiológica da Dengue; Quadro clínico, Fisiopatologia, Diagnósticos diferenciais e Exames laboratoriais; Manejo clínico dos casos suspeitos de Dengue – classificação C e D (casos graves); Manejo clínico dos casos suspeitos de Dengue – classificação A e B (casos leves).

Todos os participantes puderam tirar dúvidas e comentar os conteúdos apresentados.