Nos padrões olímpicos, pista de BMX em Curitiba é um celeiro de atletas
COM ASSESSORIAS – Nascido de brincadeiras infantis nas ruas dos Estados Unidos, o BMX, esporte olímpico realizado como corridas de bicicletas, floresce no Parque Olímpico do Cajuru, com curitibinhas determinados a crescer no esporte e na vida. O BMX é praticado em uma pista de percurso fechado com descidas e obstáculos e desde 2021 Curitiba é um dos polos crescentes do esporte com a inauguração de uma pista de padrão olímpico no Cajuru.
A jornada de muitos dos atletas que hoje treinam no Cajuru se assemelha à origem do esporte, como uma brincadeira. É o caso de Leandro Vitor Ferreira, de 13 anos, vencedor do campeonato catarinense e 2° lugar no ranking nacional em 2023. Seu interesse pelo esporte nasceu ainda na rua.
“Eu sempre gostei de brincar com a bike, fazer manobras e empinar, aí quando começaram a construir a pista já me interessei e agora treino com as técnicas e participo das competições”, conta Leandro.
O curitibinha agora está determinado a marcar seu nome na história do BMX, com sonhos de mundiais e olimpíadas.
CT da promessa
Em janeiro deste ano, a pista de BMX do Parque Olímpico se tornou o centro de treinamento da promessa brasileira para a Olimpíada de Paris 2024, o mineiro Bruno Cogo. O atleta conheceu o local em setembro de 2023, quando veio competir no Paraná BMX Racing Internacional, e se impressionou com a qualidade da estrutura curitibana para o esporte.
“A pista de Curitiba superou minhas expectativas, o pessoal tem cuidado muito bem dela, é um bom lugar para eu finalizar minha pré-temporada. Sou muito grato pela pista e pela recepção aqui em Curitiba”, conta o atleta.
Bruno retribuiu a hospitalidade da comunidade do Parque Olímpico com uma capacitação aos professores de BMX da Smelj.
Casa de grandes nomes
Outro atleta frequentador da pista é o curitibano Wellington Nelsen, 44, um dos grandes nomes do BMX brasileiro, vencedor dos mundiais de 1989 e 2022 e de 12 campeonatos nacionais.
“Minha carreira toda eu precisava viajar até São Paulo no fim de semana para correr, e agora com uma pista aqui é outra realidade. É uma das melhores estruturas do país”, diz Nelsen. As expectativas foram superadas.
“Aqui o pessoal tem dedicação, cuida bem da pista e dos atletas, o apoio da Prefeitura é notável e muito importante. A escolinha movimenta e investe na molecada, vejo a evolução dos atletas”, avalia Nelsen, que também leva a filha Sophia, de 6 anos, para a escolinha de BMX no esporte no Parque Olímpico.
Para o secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude, Carlos Pijak Jr., a pista de BMX de Curitiba, com o tempo, vai revelar os grandes nomes do esporte no país.
“Curitiba ainda vai revelar muitos talentos, pois o nível da pista, a estrutura oferecida, a comunidade já engajada nas atividades e a localização privilegiada tornam a cidade um dos maiores polos de desenvolvimento do BMX racing do Brasil”, aposta Pijak.
Pista cheia
Atualmente, cerca de 220 curitibinhas estão matriculados nas turmas, que aceitam alunos de 5 a 17 anos, aprendendo as técnicas do esporte. A pista também recebe adultos cadastrados no portal Curitiba em Movimento nas noites de terça e quarta-feira e aos domingos, somando uma média de 800 atendimentos por mês.
Nem mesmo durante as férias de janeiro, no recesso das atividades esportivas da Smelj, a pista descansou, com atendimentos dos atletas cadastrados.
“A adesão das crianças é muito grande com o BMX, eles se apaixonam, 90% querem ser atletas. Mas muito do sucesso daqui é pela comunidade criada, os pais percebem a paixão dos filhos, que apresentam até melhora escolar, e apoiam nosso trabalho”, conta o coordenador do Parque Olímpico, André Soares.
Para as turmas de iniciação ainda existem vagas disponíveis. Os interessados devem fazer o susa incrição no portal https://curitibaemmovimento.curitiba.pr.gov.br