Grande Curitiba

Capital mais igualitária do país, Curitiba democratiza o acesso à arte

1 de julho de 2024 às 16:26
(Foto: Cido Marques/FCC)

COM ASSESSORIAS – Uma cidade igualitária também se faz com investimentos em cultura. E Curitiba, nos últimos sete anos e meio, democratizou o acesso à arte com a realização de eventos e ações que atingiram todas as regiões e classes sociais.

Nesse período, Curitiba viveu uma efervescência com edições recordes na Oficina de Música de Curitiba, Natal de Curitiba Luz dos Pinhais, criação da Oficina de Música de Inverno e do Festival da Palavra, celebração do aniversário da cidade com encenações didáticas e atrações especiais, inauguração do Cine Passeio, da Escola de Patrimônio, do Memorial Paranista e do Teatro da Vila, lançamento dos programas MusicaR, Pavilhão Étnico e Praça do Circo, criação do Coreto Digital e do programa FCC Digital, adaptando as atividades culturais para os meios virtuais durante a pandemia de covid-19. Foram investidos R$ 580 milhões em cultura.

A reorganização começou em 2017, com quase 9 mil ações culturais e mais de 2,3 milhões de atendimentos. Desde então, os números só aumentaram, alcançando 12 mil ações e mais de 2,8 milhões de atendimentos no segundo ano, com um crescente índice de atividades nos bairros. Esse movimento de descentralização foi fundamental para tornar a cultura mais acessível a todos os cidadãos.

Durante a pandemia de covid-19, a Fundação Cultural de Curitiba inovou ao lançar o programa FCC Digital, que permitiu a continuidade das atividades culturais de forma virtual, além de prestar auxílio aos trabalhadores do setor. A adaptação rápida e eficaz às novas circunstâncias manteve a vitalidade cultural da cidade em tempos difíceis.

De 2017 a 2023, a Prefeitura destinou R$ 580 milhões ao setor, financiando projetos através de editais do Fundo Municipal da Cultura e do Mecenato Subsidiado. Destaca-se o apoio emergencial durante a pandemia, com R$ 33 milhões em editais para artistas e 2 mil projetos beneficiados.

Sete novos espaços culturais

Entre as várias realizações estão a inauguração de novos espaços culturais como o Memorial Paranista; Cine Passeio; Escola de Patrimônio; Teatro da Vila; Solar da Cultura, no Largo da Ordem; Coreto Digital, no Passeio Público; e o Estúdio Riachuelo (em obras). Estes espaços enriqueceram a infraestrutura cultural da cidade e também promoveram a inclusão social e a diversidade cultural.

No Teatro da Vila, na CIC, por exemplo, todo domingo tem sessão gratuita de cinema, com os lançamentos das grandes salas comerciais. O Memorial Paranista oferece visita guiada para escolas e público em geral, além de oficinas de escultura e de outras técnicas artísticas. Tudo gratuitamente.

A comemoração dos 330 anos de Curitiba em 2023 foi marcada por uma série de eventos e celebrações que reforçaram a identidade cultural da cidade. A Oficina de Música de Inverno e o Festival da Palavra foram novas adições ao calendário cultural, atraindo um público diversificado e incentivando a participação de novos públicos.

O casal Raquel Wandelli e Moacir Loth, jornalistas culturais, vieram de Florianópolis, Santa Catarina, para aproveitar toda a programação do II Festival da Palavra, que aconteceu na segunda metade de junho deste ano. Eles ficaram hospedados em um hotel da região central e ficaram os sete dias aproveitando toda a programação gratuita do Festival, que contou com 200 escritores e artistas.

“A forma como o festival foi ofertado é muito democrática, tudo gratuito, em espaços públicos, algumas atividades ao ar livre. Isso é muito bacana, tirar a literatura do altar das academias e trazê-la para a cidade e de uma forma que todos possam aproveitar,” afirmou Raquel Wandelli.

A gestão cultural de Curitiba também se destacou pela revitalização de importantes espaços históricos, como o Teatro do Paiol e o Museu de Arte Sacra, e pela instalação de obras de arte pública, que transformaram a paisagem urbana e valorizaram o patrimônio artístico local.

Principais realizações culturais (2017-2024)

  • R$ 580 milhões em fomento à cultura (2017 a 2023);
  • 7 espaços culturais inéditos inaugurados pela gestão (2017 a 2024): Memorial Paranista, com maior jardim de esculturas do Brasil com obras de João Turin, no São Lourenço (2021); Cine Passeio, no Centro (2019); Coreto Digital do Passeio Público, no Centro (2020); Escola de Patrimônio, no São Francisco (2020); Teatro da Vila, na CIC (2021); Solar da Cultura, no São Francisco (2023); e Estúdio Riachuelo, no Centro (2024);
  • Espaços culturais restaurados ou revitalizados pela gestão (2017 a 2024), com destaque: Palácio Belvedere, no São Francisco (2019); Teatro do Paiol, no Rebouças (2023); Museu de Arte Sacra, no São Francisco (2023); Oratório de Bach do Bosque Alemão, no Pilarzinho (2019); Capela da Glória, no Alto da Glória (2018); Bondinho da Rua XV, no Centro (2018); Museu Municipal de Arte (MuMA), no Portão Cultural (2020); Memorial de Curitiba, no São Francisco (2024); e Cinemateca, também São Francisco (2024).
  • R$ 33 milhões em editais para os artistas durante a pandemia (2020 e 2021).
  • 2 mil projetos beneficiados pelo FCC Digital durante a pandemia (2020 e 2021).
  • Curitiba foi a primeira capital do Brasil a lançar os editais da Lei Paulo Gustavo, com atenção especial ao setor audiovisual (2023).
  • Programa MusicaR em todas as regionais (2017).
  • Edições de Verão e Inverno da Oficina de Música de Curitiba.
  • Instalação do comitê gestor da Curitiba Film Commission (2023).
  • Festival da Palavra de Curitiba (2023).
  • Pavilhão Étnico no Memorial de Curitiba (2017).
  • Caravana Étnico-Cultural (2017).
  • Curitiba Lê Digital no Curitiba App (2020).
  • Praças dos circos nos parques Náutico e Barigui, além da programação permanente e gratuita no Circo da Cidade.
  • Camerata Antiqua de Curitiba pelas principais salas de concertos da América Latina, como Teatro Colón, em Buenos Aires (2024), Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala São Paulo e Festival de Inverno de Campos do Jordão.
  •  Arte por toda a cidade com instalação das esculturas: Tomie Ohtake (2018) e Manabu Mabe (2019) na Praça do Japão, Água Verde; Emanoel Araújo no Parque Tingui, São João (2022); Confúcio, de Wu Weishan, no Centro Cívico (2017); Dom Pedro I, de Rafael Sartori, no Memorial de Curitiba, São Francisco (2022); Jaime Lerner no Parque das Pedreiras, Pilarzinho (2021); Enedina Alves Marques na Rua XV, Centro (2023); e Sicupira na Praça do Athético, no Água Verde (2024).