Grande Curitiba

Solar da Cultura e Casa Hoffmann recebem nova iluminação que valoriza e deixa a região do Largo da Ordem mais segura

14 de fevereiro de 2025 às 08:53
(Foto: Hully Paiva/SECOM)

COM ASSESSORIAS – O Centro Histórico está ficando ainda mais bonito e atrativo para turistas e moradores. Dois importantes espaços, o Solar da Cultura e a Casa Hoffmann, ambas edificações seculares, receberam nesta semana uma nova iluminação cênica, que valoriza a arquitetura e a história dos prédios. Os sistemas de iluminação artística implantados agora são em LED, que iluminam melhor e com menor custo, e integram as ações de curto prazo em andamento no plano da Prefeitura de Curitiba para o redesenvolvimento do Centro da cidade.

“A nova iluminação cênica nestes locais, que são cartões de visita da nossa cidade, embeleza, preserva e evidencia nossa história, atrai o turismo, mas também torna o Centro mais seguro e acolhedor para todos”, explicou o prefeito Eduardo Pimentel.

Outras edificações e monumentos históricos da região central receberão iluminação cênica nas próximas semanas. As obras para implantação do cabeamento subterrâneo, primeira etapa necessária para a instalação dos equipamentos, estão em andamento. De acordo com Luiz Fernando Jamur, secretário municipal de Obras Públicas, além das novas iluminações cênicas, a região central passará, já a partir da próxima semana, por ampla modernização do sistema de iluminação viária.

“Somente a curto prazo, dentro do plano de redesenvolvimento do Centro, faremos a substituição de aproximadamente 1.700 luminárias convencionais por LED, que são mais eficientes e econômicas, em 52 ruas da região, conforme determinação do prefeito Eduardo Pimentel”, disse Jamur.

Solar da Cultura

Sua arquitetura eclética, típica do fim do século 19, forma uma bela composição com a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, no Centro Histórico de Curitiba. Mas faltava ao Solar da Cultura, sede da Fundação Cultural de Curitiba, a mesma iluminação cênica da construção vizinha, para evidenciar a sua fachada, que mistura os estilos colonial e neoclássico. A boa notícia é que, desde a última segunda-feira (10/2), o prédio também recebeu um projeto luminotécnico. Agora, suas linhas arquitetônicas, janelas e sacadas estão em evidência.

Projeto luminotécnico

O diretor do Departamento de Iluminação da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Tony Malheiros, conta que, para valorizar a arquitetura eclética do Solar da Cultura, foram instalados 15 projetores de piso, 18 barras de LED e 18 projetores direcionáveis, todos com diferentes potências e fachos de abertura de luz.

Tony Malheiros, Secretaria Municipal de Obras Públicas.

“A iluminação cênica usa o jogo de luzes e projeções para destacar a arquitetura e os elementos decorativos da edificação. Cada projeto busca valorizar as principais características de cada espaço”, salienta Malheiros.

No final do século 19, no auge do ciclo da erva-mate, o proprietário de uma indústria de cerâmica, Ignácio de Paula França, construiu a residência de sua família na atual esquina do calçadão do Largo da Ordem com a Rua do Rosário. O Solar de Sinhá França deixou de ser residência da família em 1940, sendo adquirido pelo advogado e político paranaense Newton Carneiro, irmão do historiador Davi Carneiro. Newton chegou a idealizar uma pousada no local, com projeto do arquiteto Cyro Correa de Oliveira Lyra, mas o projeto não prosperou.

Nos anos 1960, o imóvel foi alugado para o Instituto Goethe, que funcionou ali por mais de 25 anos. Em 1989, o advogado João Casillo adquiriu o casarão para sua esposa, Regina de Barros Correia Casillo, que transformou o espaço no Solar do Rosário, um dos principais espaços culturais do Centro Histórico de Curitiba entre 1992 e 2020. Com a transferência do Solar do Rosário para um novo endereço no Centro, o imóvel tornou-se a nova sede da Fundação Cultural de Curitiba a partir de 2022.

“Quem passa pelo Solar da Cultura, seja subindo pelo calçadão do Largo da Ordem ou descendo pela Praça Garibaldi, poderá apreciar ainda mais este prédio histórico, que hoje, além de ser sede da Fundação Cultural, também tem um charmoso café”, convida o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marino Galvão Júnior.

Casa Hoffmann

Localizada na Rua Dr. Claudino dos Santos, 58, a Casa Hoffmann é um espaço dedicado à pesquisa e desenvolvimento de novas estéticas do movimento. O local é referência para artistas e outros profissionais das áreas de dança, teatro, artes plásticas e educação, que encontram no local salas para ensaios e apresentações, equipamento básico de som e iluminação, além de um acervo de vídeos e livros. Do lado de fora, a nova iluminação cênica, finalizada na última terça-feira (11/2), destaca a arquitetura.

Foram instalados sete projetores de piso, outros oito projetores direcionáveis e nove barras de LED, com variações de potências e fachos de abertura de luz estrategicamente posicionados para ressaltar os elementos do imóvel. Construída pela família Hoffmann em 1890, a casa simboliza a prosperidade de uma clã de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil no final do século XIX.

O imóvel também constitui um marco arquitetônico da transformação urbana que Curitiba viveu na virada para o século XX. Habitada pelos Hoffmann até 1974, a casa foi posteriormente alugada e sofreu diversas adaptações, até ser destruída por um incêndio em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada foram mantidas. Catalogado como unidade de interesse de preservação do município, a casa foi totalmente restaurada e, desde 23 de março de 2003, voltou a ser um importante espaço cultural.

Os novos sistemas de iluminação cênica nos dois espaços foram implantados pela Engie Soluções, empresa que detém a concessão da iluminação pública da cidade. O acompanhamento e a fiscalização do serviço foram feitos pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop).