Grande Curitiba

Sugerida campanha para reduzir o tempo de tela de crianças e adolescentes

A ideia é que a Prefeitura de Curitiba coordene a execução das ações de incentivo ao desapego digital.
26 de fevereiro de 2025 às 08:33
(Foto: Canva)

Com o objetivo de combater o sedentarismo, o isolamento social, os problemas de saúde física e a falta de estímulo ao desenvolvimento fora do digital, o vereador Renan Ceschin (Pode) apresentou na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) o projeto de lei “Desconecta Curitiba”. A iniciativa tramita com um substitutivo geral e aguarda a instrução técnica da Procuradoria Jurídica (ProJuris) para, então, iniciar sua tramitação pelas comissões permanentes.

A proposta visa diminuir o tempo excessivo diante das telas, principalmente entre jovens e crianças, ao mesmo tempo em que se busca incentivar a participação da comunidade em atividades presenciais e ao ar livre. Para que isso aconteça, prevê-se que a Prefeitura de Curitiba desenvolva as seguintes ações: campanhas educativas, eventos esportivos, oficinas culturais, feiras comunitárias e incentivo ao desapego digital.

“O uso contínuo de dispositivos eletrônicos tem gerado problemas como sedentarismo, isolamento social, saúde mental afetada e falta de estímulo ao desenvolvimento de habilidades. O tempo excessivo de tela reduz a atividade física, a interação social e limita a criatividade, além de estar associado a distúrbios de sono, ansiedade e estresse”, justifica Renan Ceschin.

Conforme a proposição, fica estabelecido que a realização do Desconecta Curitiba contará com a cooperação entre a Prefeitura de Curitiba, as escolas públicas da cidade, centros comunitários, entidades culturais, psicólogos, pedagogos e a comunidade em geral. Caberá à Prefeitura a responsabilidade de monitorar e coordenar as atividades educativas (005.00100.2025, com substitutivo geral 031.00001.2025).

Para financiar as atividades sem custos diretos aos cidadãos, a Prefeitura poderá firmar parcerias com empresas e organizações locais, por meio de patrocínios ou doações. A proposta também sinaliza a divulgação de relatórios anuais com os resultados e impactos na saúde física, mental e social da população curitibana, permitindo a avaliação contínua das ações do projeto.

Como serão realizadas as ações educativas?

As campanhas educativas seguirão as diretrizes do Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Saúde, assegurando mensagens claras e adequadas ao público-alvo sobre os impactos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos. A princípio, a ideia é que as ações aconteçam em escolas, centros comunitários e na mídia.

A redação do substitutivo geral acrescenta que os eventos esportivos e recreativos em parques e praças, e oficinas culturais serão realizados para desenvolver habilidades manuais e criativas. A população também poderá contar com feiras comunitárias para troca de experiências. Para estimular o desapego digital, desafios de desconexão poderão ser promovidos, com premiações para as iniciativas mais criativas na redução do tempo de tela.

“O projeto busca reverter esse cenário, promovendo alternativas ao uso excessivo de telas e incentivando a convivência social, o aprendizado de habilidades e a prática de atividades ao ar livre”, destaca Ceschin. A lei, sendo aprovada pela CMC e sancionada, entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial do Município.

Fonte: Câmara Municipal de Curitiba