Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Após uma participação de muito sucesso com oito obras na SP Arte deste ano, Alex Rocca abre, no próximo dia 15 de maio, a exposição individual “Legado” com a Galeria Alhures, em Curitiba. A obra do artista traz profunda reflexão sobre identidade e ancestralidade, ressignificando materiais e técnicas para contar histórias que atravessam o tempo e o espaço, e poderá ser vista pelo público curitibano, até o dia 28 de maio, na Ponto de Fuga. Com curadoria de Marília Diaz, a mostra traz um recorte interessante da obra de Rocca, que explora técnicas diversas com grande simbologia.

Legado

Na visão da professora da UFPR e curadora da mostra, Marília Diaz, a obra de Alex mergulha na busca pela origem, de onde “emerge a imagem de um navio com mulheres negras e seus cabelos trançados na lida com fios”. Para ela, o artista encontra a genética africana, lugar de origem, em que os têxteis perpassam a vida no vestir, dançar, decorar a casa, enterrar os mortos.

Marília acredita que o Legado de Rocca é aquele que se espera com a partida de familiares e partilhas materiais, mas o que nos define desde o nascimento. O espólio de bênçãos, promessas e privilégios. O acervo hereditário, que vem junto desde sempre e não no tempo vindouro. Memória afetiva e ancestral.

“Alex Rocca transita facilmente do plano para o volume, com os conhecimentos amealhados no curso de design de interiores e nas práticas de direção de arte para cinema, publicidade e cenografia. Ele é recolhedor de histórias, percepções, sensibilidades e, na viragem dos dias, trabalha com potência e repetição. Processo que pode durar 480 horas como no Bantu, manto de vidro, material que aprendeu a dominar nos últimos meses. Na afobação do dia a dia, ele produz corajosamente manhã, tarde e noite. Potencializa os seus saberes e descobertas. Assim, o ordinário ascende ao trabalho extraordinário”, conclui.