Casos de dengue caem 92% em Curitiba com trabalho intenso liderado pela Prefeitura

COM ASSESSORIAS – Dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) referentes às primeiras 20 semanas epidemiológicas (1 de janeiro a 17 de maio de 2025) mostram redução de 92% dos casos de dengue em Curitiba neste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2024, haviam sido registrados 14.369 casos de dengue em Curitiba neste período. Em 2025, foram 1.217 – um número quase 12 vezes menor.
Além da redução do número de casos, em 2025 não houve registro de mortes pela doença em Curitiba até o momento. Em 2024, dos oito óbitos ocorridos durante o ano, sete haviam sido registrados até a semana epidemiológica 20 – período de maior sazonalidade da doença, com concentração de casos.
Para a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Tatiane Filipak, este resultado é fruto de um trabalho intenso, liderado pelo prefeito Eduardo Pimentel, construído e articulado pelo setor público, e que envolveu também o setor privado e a ação individual de cada cidadão.
“No início do ano tivemos a construção do Plano Municipal de Enfrentamento à Dengue, feito em conjunto com várias secretarias, com os papeis e a atuação de todos; intensificamos as ações de combate à dengue com mutirões, investimos em novas tecnologias, como as EDLs (estações disseminadoras de larvicida); e convocamos toda a população a fazer a sua parte, com uma ação massiva de comunicação”, afirma a secretária.
Tatiane cita, ainda, as promoções realizadas no Armazém da Família, com oferta de repelente com preço reduzido, no período de maior sazonalidade da doença. “As promoções foram um sucesso. A população foi sensível ao nosso apelo, aderiu à nossa campanha de comunicação, protegendo-se com repelente e mantendo o quintal limpo e livre de criadouros do mosquito”, avalia a secretária.
Cuidados devem ser mantidos
Mesmo com o resultado positivo, a secretária alerta, porém, que a indicação é manter os cuidados.
“Mesmo com a queda da temperatura agora no outono e inverno não podemos baixar a guarda. O ovo do Aedes aegypti pode ficar latente por até 450 dias em ambientes secos, aguardando o contato com a água para desenvolver”, explica.
Por isso, a SMS mantém o cronograma de mutirões de recolhimento de entulhos, varreduras dos quintais, estratégias de monitoramento com armadilhas, entre outros.
Além disso, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos já começaram a ser vacinados pelo SUS em Curitiba.
Ações de combate à dengue em Curitiba
· Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses para os anos de 2025 e 2026: Instituído pelo decreto 853/2025 e lançado pelo prefeito Eduardo Pimentel em 12 de março, prevê o papel e as responsabilidades de cada secretaria e órgão da Prefeitura de Curitiba no controle e combate ao mosquito Aedes aegypti e prevenção da doença.
· Mutirões: Em 2024, as secretarias municipais do Meio Ambiente e da Saúde realizaram 89 Mutirões, com o recolhimento de 1.089 toneladas de resíduos. Em 2025 já foram realizados 39 mutirões, com o recolhimento de 252 toneladas de resíduos.
· Armadilhas: Para o monitoramento da presença do Aedes, a SMS instalou quase 2 mil armadilhas (638 ovitrampas e 1329 mosquitraps) por toda a cidade, que são vistoriadas semanalmente. As 1,5 mil EDLs agora se somam à estratégia de armadilhas no município.
· Drones: utilizados para inspecionar terrenos de difícil acesso, empresas de grande extensão, área externa de imóveis fechados, entre outras situações. A foto do drone pode servir de prova no processo de apuração da responsabilidade do cidadão, que poderá ser autuado e multado e, caso não atenda a notificação pra limpeza do terreno, o município poderá realizar a limpeza do terreno e depois cobrar os custos do cidadão por meio de inscrição em dívida ativa.
· Robô Notificador: Para dar agilidade às equipes de saúde no processo de notificação de casos de dengue, a SMS passou a utilizar o apoio de robô notificador, que coleta as notificações realizadas no sistema e-saúde e faz a digitação dos dados no sistema oficial do Ministério da Saúde.
· Bloqueio de transmissão de casos com a vistoria nos imóveis num raio de 150 metros a partir do endereço do caso confirmado ou suspeito.
· Aplicação de adulticida (veneno para matar o mosquito adulto) em locais com alta transmissão de casos.
· Varreduras casa a casa nas áreas de maior índice de infestação do Aedes aegypti para remoção e tratamento químico de depósitos e criadouros, bem como orientação aos moradores e responsáveis pelos imóveis.
· Atuação permanente de 108 Agentes de Combate às Endemias, responsáveis pelo trabalho de campo da dengue, com o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e técnicos da Vigilância Sanitária.
· Parceria com sociedade civil e envolvimento intersetorial.
· Atividades educativas para a população.
· Campanha publicitária, veiculada em todos os equipamentos urbanos e formatos de mídias.
· Vacinação: Curitiba iniciou a vacinação contra a dengue, em 19 de maio, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, pelo SUS, em unidades de saúde de regiões mais vulneráveis à doença.