Ações de Curitiba no combate às mudanças climáticas são destaques na Conferência da Mata Atlântica

COM ASSESSORIAS – As ações de adaptação e combate às mudanças climáticas adotadas por Curitiba, como o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima), o plantio de 500 mil árvores em quatro anos, a descarbonização da frota do transporte coletivo e o aumento de áreas de conservação ambiental na capital, foram destaques nesta quarta-feira (20/8) durante a programação da Conferência da Mata Atlântica.
O evento reúne especialistas em meio ambiente dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, no Centro de Eventos Imap do Parque Barigui e segue até quinta-feira (21/8). Veja aqui a programação completa.
A secretária municipal do Meio Ambiente de Curitiba, Marilza Dias, participou do painel Adaptação às Mudanças Climáticas e mostrou como a capital está implantando o Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba.
Marilza também explicou que o PlanClima está passando por uma revisão e que a cidade atualizou os dados do Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa com o ano base de 2017, 2018, 2019 e 2020. O documento já pode ser acessado pelo site do Meio Ambiente.
“Nós também temos o estudo de vulnerabilidades ambientais, que mostra em que a cidade está mais suscetível no que diz respeito à necessidade de adaptação às mudanças climáticas. Os episódios que podem trazer maiores problemas para Curitiba são as chuvas fortes e as ondas de calor”, explicou Marilza.
Soluções baseadas na natureza
A secretária também explicou que Curitiba já trabalha com adaptações às mudanças climáticas desde a década de 1970 e citou como exemplo o Parque Barigui, local onde acontece a Conferência da Mata Atlântica. “Ao longo do Rio Barigui nós temos oito parques, e todos têm uma função que é também uma função de retenção de água de chuva, de cidade esponja, e quando chove forte não alaga as áreas residenciais”, disse Marilza.
O total de área verde por habitante, com 68 metros quadrados, também foi apontado pela secretária como um dos fatores que fazem Curitiba ter uma boa permeabilidade e qualidade do ar.
Outro exemplo citado pela secretária foi o projeto da Lei do Clima, que o prefeito Eduardo Pimentel encaminhou na terça-feira (19/8) para a discussão dos vereadores na Câmara. A lei vai permitir que Curitiba siga avançando com ações efetivas na adaptação, mitigação e combate às mudanças climáticas.
Painel
Também participaram do painel Adaptação às Mudanças Climáticas, Axel Grael, engenheiro florestal, ambientalista e ex-prefeito de Niterói; Regiane Borsato, do Instituto Life; e Maria Tereza Uille, advogada e doutora em Sociologia.
O painel teve a moderação do diretor-presidente do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), Paulo de Tarso.
Para Axel Grael, a Conferência da Mata Atlântica é uma grande oportunidade para as discussões que serão levadas para COP30 em Belém. “Foi ótima essa iniciativa de promover a conferência aqui em Curitiba, uma cidade que inspira a todos nós. A adaptação às mudanças climáticas é uma das tarefas mais desafiadoras das cidades”, disse Grael.