Grande Curitiba

Novo medidor de glicemia da Saúde de Curitiba permite atualização imediata de dados no prontuário do paciente

27 de agosto de 2025 às 10:43
(Foto: Isabella Mayer/SECOM)

COM ASSESSORIAS – A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba está substituindo os medidores de glicemia, os chamados glicosímetros, entregues a pacientes com diabetes cadastrados nas Unidades de Saúde. Mais moderno, o novo aparelho pode ser conectado ao aplicativo Saúde Já e, a cada leitura do índice glicêmico feita a partir de uma gota de sangue, atualiza o gráfico de controle no prontuário do paciente dentro do sistema e-Saúde da Prefeitura.

Cerca de 30 mil pessoas com diabetes, dependentes de insulina, são acompanhadas pelas equipes de Saúde e receberão os glicosímetros. Elas necessitam medir diariamente a taxa glicêmica e algumas fazem a leitura mais de uma vez por dia. Mensalmente, esses pacientes retiram as fitas para leitura do índice e a insulina regular na Farmácia Curitibana.

“Mais uma vez a Prefeitura avança em soluções que qualificam o cuidado e facilitam a vida do cidadão. Tecnologia à serviço da vida, o controle glicêmico permite ajustes imediatos, atuação da equipe e previne as complicações do diabetes”, declara a secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak.

Como funciona

Depois de medir os dados, basta a pessoa colocar o glicosímetro próximo ao celular para transferência por bluetooth das informações registradas. No app Saúde Já destes pacientes foi inserida a aba glicosímetro, onde são registrados os gráficos de controle de sua condição de saúde.

Para ter acesso à tecnologia, depois de receber o novo aparelho, o usuário de insulina acompanhado pela Saúde de Curitiba deve atualizar o aplicativo Saúde Já nas lojas virtuais android ou IOS.

Níveis de glicemia

Segundo o médico endocrinologista da SMS Alexei Volaco, a monitorização regular da glicemia capilar (aferição rápida a partir de uma gota de sangue) é fundamental para a segurança do paciente. A frequência e os horários dos testes são definidos individualmente, com base no tratamento e no esquema de insulina utilizado.

“Ao monitorar a glicemia, o paciente adquire conhecimento sobre como os alimentos afetam seus níveis de glicose e identifica aqueles que elevam a glicemia de forma excessiva, assim como percebe situações em que há a queda brusca dos níveis. É uma forma de capacitar o paciente a ter autocontrole efetivo e a tomar decisões sobre hábitos e conduta”, explica Volaco, que reforça também a necessidade de os pacientes com diabetes manterem o controle de sua condição de saúde com alimentação balanceada e atividade física regular.

Dados ajudam no ajuste do tratamento

Os resultados da monitorização da glicemia também orientam a equipe de saúde no ajuste do tratamento. A análise dos dados permite avaliar a necessidade de alterar a dose de insulina ou outras estratégias terapêuticas.

Os dados medidos diariamente são inseridos no e-Saúde em forma de gráfico, que mostra a curva glicêmica do paciente. O usuário pode acompanhar os dados pelo aplicativo e a equipe de saúde – médico, enfermeiro ou farmacêutico – visualiza o quadro clínico, otimizando a análise da situação e a necessidade de intervenção.

Um avanço nos cuidados

Segundo Alexei, o sistema está sendo atualizado para futuramente permitir que a equipe envie mensagens para alertar sobre a necessidade de realizar testes de glicemia, em casos de omissão, ou sugerir condutas, como buscar atendimento médico em caso de glicemias persistentemente elevadas ou baixas.

“Essa evolução tecnológica visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes, proporcionando maior segurança e conforto, além de otimizar o acompanhamento da equipe de saúde. O uso da tecnologia representa um avanço significativo no cuidado ao paciente com diabetes”, finaliza o médico endocrinologista.

Protocolo Nacional

O Programa Nacional de Controle do Diabetes Mellitus, do Ministério da Saúde, define a responsabilidade de cada ente federado no diagnóstico e tratamento da doença. Os medicamentos para o controle da condição, inclusive as insulinas humanas NPH e regular, são adquiridos pelo Ministério da Saúde e enviados aos estados para distribuição aos municípios.

Cada prefeitura é responsável pela compra dos aparelhos e fitas para medição das taxas glicêmicas, adquiridas por processo licitatório público. A substituição dos glicosímetros utilizados em Curitiba é fruto do processo de compras finalizado em 2025 e que incluiu a necessidade de agregar tecnologia ao processo de aferição glicêmica, vinculado ao aplicativo Saúde Já Curitiba. Além da inovação tecnológica, os novos aparelhos têm maior durabilidade.

Descarte

O aparelho antigo, que está sob os cuidados do paciente cadastrado, deve ser entregue na Unidade de Saúde onde mensalmente o usuário retira as fitas e os medicamentos. A substituição está sendo feita gradativamente, no momento em que a pessoa busca os insumos para o controle do diabetes.

A SMS tem a responsabilidade do descarte correto dos aparelhos antigos, visto que deve ser estabelecida a logística reversa para evitar a contaminação do ambiente pelas baterias usadas e a reciclagem de materiais, quando possível.

Tendo em vista o cronograma de substituição dos glicosímetros, de acordo com o estabelecido no processo de compras da SMS, as equipes das unidades de saúde adequaram o número de fitas entregues aos pacientes nesse período de transição para evitar desperdício. A partir de agora, todos os pacientes receberão os insumos em número suficiente para seu plano de cuidados, como de costume.

Rede conectada

Além de substituir o glicosímetro dos pacientes, a SMS também distribuiu os novos aparelhos a todos os pontos da rede municipal da Saúde. Dessa forma, qualquer pessoa que precise medir a taxa glicêmica, seja na Unidade de Saúde, UPA, Samu e Siate, Caps ou hospital municipal terá acesso à tecnologia.

Mais de mil profissionais da rede foram capacitados para utilização da nova ferramenta. A equipe responsável pelo acolhimento dos pacientes e pelo plano de cuidados de cada usuário também está preparada para orientar sobre como utilizar os aparelhos.

Para os pacientes que não têm facilidade com a tecnologia ou não têm o aplicativo, os dados medidos e registrados no aparelho podem ser transferidos ao sistema pelo profissional de saúde no momento da visita à sua unidade de referência.