Paraná confirma transmissão comunitária da variante Delta com registro de um caso em Fazenda Rio Grande

COM ASSESSORIAS – Foi confirmada nesta quarta-feira (28) pela Secretaria Estadual da Saúde (SESA), Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no Paraná. A caracterização de transmissão comunitária se faz quando o contágio ocorre entre pessoas do mesmo território, sem histórico de viagem para locais com casos confirmados.
Ao todo, o Paraná já confirmou 29 casos e 12 óbitos pela variante Delta, sendo quatro casos e dois óbitos em Apucarana, quatro casos e dois óbitos em Curitiba, três casos e três óbitos em Piên, três casos em Fernandes Pinheiro, dois casos e um óbito em Araucária, dois casos em Piraquara, dois casos e um óbito em São José dos Pinhais, um caso e um óbito em Mandaguari, um caso e um óbito em Irati, um caso e um óbito em Imbituva e um caso em cada um dos seguintes municípios: Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Rolândia.
Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação. Com relação aos óbitos, eles ocorreram entre 6 e 28 de julho em Curitiba (2), Piên (2), Imbituva e Irati, foram quatro homens e duas mulheres, com idades de 31 a 83 anos. As informações foram repassadas por meio do relatório de circulação de linhagens Sars-CoV-2, por sequenciamento genômico da Fiocruz.
O caso registrado em Fazenda Rio Grande, foi investigado pela Vigilância Epidemiológica Municipal conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde e SESA. Trata-se de um rapaz de 27 anos, portador de neoplasia, em tratamento em hospital de Curitiba. Passou por procedimento cirúrgico há aproximadamente 1 mês, esteve então, hospitalizado por 15 dias e, neste período contraiu COVID. Teve alta dia 13/07/2021 e encontra-se em recuperação.
A Vigilância em Saúde Municipal orienta sobre a necessidade de manter as adaptações nas relações sociais nos mais variados espaços para a contenção da transmissão da variante Delta.
“Os cuidados de prevenção devem fazer parte de nossa rotina, no transporte público, sala de aula e postos de trabalho. “É provável que, em nossas convivências, tenhamos que manter esses cuidados por algum tempo, que ainda não sabemos quanto. Com base em outras pandemias que aconteceram no passado, a afirmativa é que, apenas com o uso de máscara de proteção de forma correta, higienização frequente das mãos, distanciamento social e evitando aglomerações, além da imunização, teremos condições de conter a pandemia”, afirmou a diretora de Vigilância em Saúde Nelcelí Garcia.
A variante Delta, linhagem B.1.617.2, originada na Índia em outubro de 2020, é uma das variantes do SARS-CoV-2 que apresenta mutações genéticas múltiplas e é denominada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) “variante de atenção/preocupação” por alterar o comportamento do coronavírus, ser mais transmissível do que outras linhagens. Não há evidências até o momento de que as infecções pela Delta provoquem casos mais graves ou óbitos.
Segundo a SESA, a confirmação da transmissão comunitária, se deu após avaliação técnica e investigação epidemiológica ampliada com a participação de todos os entes que sustentam a tríade do SUS (União, Estados e municípios).
Esse resultado só foi determinado após esta investigação ampliada num exemplo nacional de esforço conjunto para rastrear a origem, conforme a recomendação epidemiológica.