Cmei João Batista Costa aborda o Dia da Consciência Negra levando informação e conhecimento para combater o preconceito

COM ASSESSORIAS – Em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, o Cmei João Batista Costa, do bairro Vargem Grande, promoveu para os alunos do estabelecimento de ensino a Semana da Consciência Negra.
Com uma programação diversificada, foram realizadas atividades coordenadas pela educadora Jocelem de Fatima Moreira Ramos que enalteceu o objetivo desta iniciativa. “Essa ação é muito importante pela questão da afirmação e representatividade. Quando éramos crianças não tínhamos alguém pra trazer coisas para entendermos que os negros são importantes. Conhecer toda a história que trouxeram nas costas até os dias de hoje, as injustiças sofridas e que agora podemos mostrar a cultura, o valor que tiveram, e principalmente, para que possamos diminuir a desigualdade e o preconceito”, avaliou a educadora.
A questão da consciência negra é um tema abordado ao longo do ano, porém em virtude da data, foi intensificada com a promoção de trabalhos e atividades que contaram com a participação de todas as turmas do Cmei.
As crianças participaram de uma roda de capoeira, assistiram ao desfile da beleza negra que contou com a presença da Miss Pinhais, Edna Souza, mais conhecida como “Miss Preta”, que abordou o assunto e foram produzidos cartazes e materiais para uma exposição. Outro ponto interessante, os alunos fizeram um pesquisa bibliográfica sobre a vida de alguns negros, como Zumbi dos Palmares, líder dos Kilombolas brasileiros, Dandara dos Palmares, guerreira negra do período colonial, além dos cantores e compositores Clementina de Jesus, Ivone Lara e Martinho da Vila. O estudo também contribuiu para a apresentação do samba de roda que foi realizado pelos alunos do infantil IX, que tem entre 4 e 5 anos, que ao som dos clássicos “Batuque no Cozinha” e “Liberdade, liberdade”, mostraram ao público um pouco sobre este estilo musical que é considerado um patrimônio cultural brasileiro.
A avaliação da Semana da Consciência Negra, segundo a coordenadora, é que foi uma excelente oportunidade para levar informação e compreensão sobre o tema, contribuindo para os alunos replicarem uma valiosa mensagem. “Nós usamos o mapa-múndi para mostrar de onde os negros vieram, que eles foram obrigados a vir para o Brasil e escravizados para trabalhar na colheita de cana ou na exploração do ouro. Ao conhecer a história, as crianças ficaram encantadas, mas ao mesmo tempo chocadas com a história. Porque elas são inocentes, não tinham essa noção do que aconteceu na época. Com tudo isso que descobriram e aprenderam, chegaram em casa e comentaram com seus pais e reforçaram a mensagem que não podemos ter preconceito porque todos somos iguais e que os negros são importantes para a nossa cultura”, disse Jocelem.