Grande Curitiba

COM ASSESSORIAS – Nos últimos anos as taxas de coberturas vacinais vem caindo no município de Pinhais, realidade vivenciada na maioria dos municípios brasileiros atualmente. De acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal da população brasileira chegou, em 2021, a menos de 59% dos cidadãos imunizados. Em 2020, o índice era de 67%, e em 2019, de 73%. O patamar preconizado pelo MS é de 95%.

Com baixas coberturas vacinais, corre-se o risco de vivenciarmos casos de doenças já erradicadas como a poliomielite e a paralisia infantil, que apresentaram grande impacto na população em décadas passadas. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a cobertura vacinal contra a poliomielite até os 4 anos de idade registrou apenas 71,15% do público alvo em Pinhais no ano de 2022.

Dentre as estratégias utilizadas para a melhoria das coberturas vacinais, a Semsa elaborou a cartilha “História das Minhas Vacinas”, um livreto para colorir, criado com a finalidade de ensinar as crianças sobre quais doenças ela está sendo protegida ao ser vacinada, informando de forma lúdica a importância da vacinação. “As crianças têm uma capacidade enorme de aprender e multiplicar aquilo que aprendem. Diante disso, à medida em que as ensinamos de maneira lúdica e tranquila, elas poderão ensinar aqueles que a rodeiam”, comenta a diretora do Departamento de Ensino, Raquel Simas.

A cartilha foi lançada nesta terça-feira (7) na Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com a Semsa e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O encontro contou com a presença da prefeita Rosa Maria, das secretárias de Saúde, Adriane Jorge, de Educação, Andrea Franceschini, e de todas as gestoras das unidades educacionais e das unidades básicas de saúde.

A prefeita Rosa Maria enalteceu o trabalho em rede no desenvolvimento da cartilha. “A educação é sem dúvida nenhuma a arma mais poderosa para quebrar essas fake news, esses estigmas, essas falas que não são verdadeiras. Hoje, que momento que vivemos, de termos que convencer uma mãe, de convencer um adulto, de que a vacina é importante. Quero parabenizar a ação de vocês, envolvendo Educação, Saúde e Meio Ambiente, que fala do cuidar das pessoas, e isso é destruidor de mentiras, porque a professora quando fala é autoridade máxima. Com esse envolvimento através do lúdico, levando a ciência à sua função, eu tenho certeza que vamos aumentar essa cobertura”.

Vacinação no SUS

A população brasileira tem acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela OMS – incluindo imunizantes direcionados a crianças, adolescentes, adultos e idosos. Ao todo, são mais de 20 vacinas com recomendações e orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e indígenas. Recentemente, o país incluiu em seu calendário a imunização contra a Covid-19.

Há quase três décadas, a Lei nº 8.069, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, torna obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

De acordo com o decreto nº 78.231, de 1976, é dever de todo cidadão submeter-se e os menores dos quais tenha a guarda ou responsabilidade, às vacinações obrigatórias definidas pelo calendário nacional de imunizações.