21 dias de ativismo contra a violência: campanha levou conscientização e apoio às mulheres de Pinhais
COM ASSESSORIAS – A Prefeitura de Pinhais, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), promoveu mais uma edição da campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” em 2024. De 20 de novembro a 10 de dezembro, diversas ações de conscientização e mobilização foram realizadas, para diferentes públicos e locais do município.
Ao longo da campanha foram feitas palestras abertas e de formação a servidores; rodas de conversa com mulheres e alunos da rede estadual de ensino; atividades dirigidas nos equipamentos sociais aos públicos da assistência social; blitze educativas nas áreas de grande movimento de motoristas; aulas de ginástica com a temática; cine debate com pessoas em situação de rua; conscientização dos homens com a entrega do Laço Branco; atendimentos técnicos e jurídicos a mulheres no Parque das Águas e com o Ônibus Lilás, em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi/PR); entre outras ações.
Números da violência
Só neste ano, as equipes do Centro de Referência Maria da Penha (CRMP) participaram da emissão de 449 medidas protetivas a mulheres em Pinhais, e uma média de 40 mulheres atendidas por mês. “É uma média alta e que aumentou em relação ao ano anterior, que se deu por conta da sensibilização, das ações de enfrentamento à violência doméstica”, avalia Riceli Tomaz de Souza Padilha, da Gerência de Média e Alta Complexidade.
Os números refletem uma realidade de sofrimento vivido pela mulher, não só pinhaense, mas brasileira. Em 2023: uma menina ou mulher foi estuprada a cada 6 minutos; Aproximadamente 4 mulheres foram mortas por dia; Pelo menos oito mulheres foram vítimas de violência a cada 24 horas. Além disso, durante o período de 11 anos, 6 mulheres foram assassinadas por dia com arma de fogo.
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006): física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Este e outros mecanismos de defesa estão presentes na legislação brasileira e municipal para assegurar os direitos da mulher, conforme orienta o Plano Municipal dos Direitos da Mulher de Pinhais, que traz uma análise do público no território. Em Pinhais, a Rede de Proteção integra diversos atores do poder público e comunidade.
Entre eles, o Centro de Referência Maria da Penha (CRMP), que atende mulheres do município de forma multidisciplinar, formado por equipe feminina de assistentes sociais, psicólogas, advogadas e setor administrativo. “Foram 102 atendimentos espontâneos de janeiro a novembro deste ano. São mulheres que procuraram o CRMP diretamente, por terem acesso aos folhetos ou indicação de pessoas que assistiram às nossas palestras”, divulga a coordenadora do espaço, Andressa Cordeiro.
Sobre a campanha
Alinhada ao movimento mundial, a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” visa conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres. A mobilização anual é empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público. Em Pinhais, o Centro de Referência Maria da Penha (CRMP) é um espaço de atendimento humanizado e tem por objetivo prestar assistência integral a mulheres vítimas de violência doméstica em situação de risco pessoal e social. O equipamento está preparado para atender mulheres vítimas de violência, protegendo-as e orientando-as, na busca da defesa, ampliação e garantia dos direitos das mulheres.
Atendimento à mulher
Mulheres vítimas de violência doméstica, em situação de risco pessoal e social podem procurar atendimento do Centro de Referência Maria da Penha pelo telefone (41) 99226-0692. Endereço: Rua 21 de Abril, 321, Centro.
Casos de violência podem ser denunciados pelos telefones:
Guarda Municipal: 153 ou 3912-5153
Central de Atendimento à Mulher: 180
Polícia Militar: 190