Grande Curitiba

Dona de casa da CIC é exemplo de apoio à Rede de Proteção Animal

22 de outubro de 2021 às 16:18
(Foto: Hully Paiva/SMCS)

COM ASSESSORIAS – A dona de casa Josiane Vieira foi uma das primeiras a agendar horários para a castração de cães sob seus cuidados no mutirão que a Rede de Proteção Animal da Prefeitura inicia na próxima segunda-feira (25/10), na CIC. Moradora do bairro, ela também ajudou conhecidos e vizinhos com dificuldades para acessar a internet a garantir a cirurgia.

O procedimento é grátis e necessário porque previne a proliferação desordenada de cães e gatos. Esta etapa da ação é exclusiva para machos e fêmeas de 5 meses a 8 anos de idade sob tutela de moradores da Administração Regional CIC e protetores de animais independentes ou vinculados a organizações não-governamentais. As vagas já se esgotaram.

“Todos deveriam se conscientizar de que a castração é saúde para os animais e sossego para os tutores”, observa Josiane. Ela se refere às doenças que o procedimento evita, como o câncer de mama e de próstata, e ao transtorno quando há fêmeas no cio.

Além da fuga dos seus animais, nesse período os tutores também podem se defrontar com a reunião de outros cães em frente de casa.

Responsabilidade e empatia

Nem todos os sete animais que Josiane ajudou a cadastrar para o procedimento são dela, mas ela se sente responsável por todos. Foi ela, afinal, quem os resgatou do abandono das ruas para lares temporários que, em muitos casos, tornaram-se definitivos.

Bruno Rafael Diep, vizinho de porta de Josiane em um condomínio residencial na CIC, há 7 meses se tornou tutor de Meg. “Ela escapou de ser envenenada”, conta ele sobre a alegre cadela sem raça definida caramelo que convive em harmonia com Jack, um gato de 16 anos. Meg será castrada em 26 de outubro.

Nas três datas em que agendou cirurgias, Josiane também irá até as casas onde alguns cães estão abrigados para levá-los até o Parque dos Tropeiros. É lá que estará estacionado o veículo equipado com centro cirúrgico da clínica veterinária contratada para o mutirão. “Não custa ajudar e a gente tem certeza que as cirurgias vão ser feitas”, completa.

Paixão antiga

Quando o último animal tiver sido castrado, serão 22 os cães encaminhados por Josiane para o procedimento e, depois, para adoção. É assim há quase seis anos, quando o vazio provocado pela morte da mãe deu lugar à preocupação com os cachorros abandonados ou vítimas de maus tratos.

A dona de casa sempre gostou de cachorros mas, no momento, tem só um. É o filhote Dreik, que será castrado no dia 29 e já virou xodó do marido e do casal de filhos adolescentes, que apóiam a causa de Josiane.

A tutora diz que se realiza e se emociona após cada adoção. “Toda vez eu choro porque gostaria de ficar com eles. Só que, se isso não é possível, eu posso ajudar de outra forma: resgatando, cuidando com a ajuda de outras pessoas e preparando cada um para ter seu lar de verdade. Qualquer pessoa que não tem condições de manter um animal em casa pode fazer o mesmo.”