Grande Curitiba

Criança morre após ser liberada 3 vezes de hospital no PR e família acusa negligência

Helloara Emanoelly, de apenas 2 anos, foi diagnosticada com virose e, segundo a avó, não foi submetida a nenhum exame
29 de dezembro de 2022 às 15:44
(Foto: Redes Sociais)

A família da pequena Helloara Emanoelly, de apenas dois anos, afirma que a menina morreu por negligência médica no Hospital Municipal de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Helloara foi diagnosticada com uma virose, foi levada a unidade de saúde três vezes e, segundo a avó, liberada mesmo com 39º C de febre. Na última segunda-feira (26), a menina foi levada novamente ao hospital e morreu.

Em entrevista à rádio Plug de Araucária, a avó de Helloara, Senia Silveira, contou que a menina começou a ter vômitos, febre e dor na barriga e foi levada ao hospital na sexta-feira (23). A menina foi examinada por uma médica, que diagnosticou o caso como virose. Helloara recebeu soro no hospital para hidratação e foi liberada. No sábado (24) a menina seguiu desidratada, já que não conseguia tomar nem mesmo água, ela foi levada novamente a unidade, medicada e liberada.

No domingo (25), a criança passou mal de novo, foi para o hospital pela terceira vez, recebeu soro e foi liberada com 39ºC de febre. Segundo a avó, os médicos afirmaram que a situação era normal e que era preciso esperar o remédio fazer efeito para baixar a febre.

“Minha filha falou para eles: ‘internem ela, por favor, eu não quero levar minha filha para casa assim, eu não aguento mais vir aqui’, e disseram ‘não, mãezinha, virose é assim mesmo’, minha filha levou embora. Isso no domingo a tarde, quando foi meia noite, ela começou de novo a vomitar e chorar. A minha outra filha falou para levar de novo, mas eles falaram que era para dar o remédio, que não adiantava levar lá. Quando foi 9h da manhã [de segunda-feira], ela [a criança] começou a desmaiar, manchas pretas começaram a aparecer no corpo dela”, descreveu Senia.

Helloara foi levada novamente para o hospital e teve uma parada cardiorespiratória dentro de um carro de aplicativo, conforme relato da avó. Ao chegar na unidade, a menina foi recebida às pressas pela equipe médica.

“Se juntaram 15 médicos e enfermeiros para pegar a minha neta, levaram em uma salinha, depois levaram a minha filha para outra sala e depois de meia hora foram falar que minha neta estava morta. Que ela morreu de vômito e desidratação. Então que dia tinha que tratar a desidratação dela? Não era na sexta? Não era no sábado? Como eles mandam uma criança embora com manchas pretas no corpo, com febre de 39ºC?”, questionou a avó.

“Eles não tiveram coragem de fazer um exame raio-X, de fazer um exame de sangue nesta criança. Eles não fizeram nada pela minha filha, eles trataram a minha filha como se fosse um cachorro da rua e eu quero que alguém se responsabilize porque eu estou velando a minha filha hoje, porque neta é filha. Eu quero justiça”, disse Senia, revoltada.

O RIC Mais entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Araucária, que enviou nota da empresa que administra o hospital. A empresa manifestou pesar pela morte da criança e disse que realiza procedimentos técnicos para entender o que aconteceu nos atendimentos. Veja a nota na íntegra:

A equipe da Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, atual gestora do Hospital Municipal de Araucária, manifesta profundo pesar pelo falecimento da criança Helloara Emanoelly. Informamos que em virtude das circunstancias do óbito estamos realizando procedimentos técnicos para melhor compreensão do ocorrido.

Fonte: RIC Mais

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