Grande Curitiba

Primeiro encontro virtual do projeto “Vamos construir uma Casa” aconteceu nesta quarta-feira, em Campo Largo

É realizado primeiro encontro da Formação para Educação Infantil. Projeto contempla 6 encontros, formação de grupos e engajamento dos profissionais para qualificar aprendizado à Educação Infantil do município
29 de julho de 2021 às 11:52
(Foto: Reprodução/internet)

COM ASSESSORIAS – Aconteceu nesta terça-feira (27/07) o primeiro encontro da Formação para Educação Infantil com o Disparador “Vamos construir uma Casa.”

As aulas da Educação Infantil continuam no Ensino Remoto e, em breve, o retorno das crianças acontecerá de forma gradual nos CMEI’s do município. Contudo, a interação dos educadores com as crianças é realizada via orientações impressas, vídeos gravados, áudios ou chamadas de vídeos e as propostas de atividades são baseadas nas atividades já desenvolvidas pelos profissionais dentro das instituições, adaptadas para a criança realizar em casa. Por esse motivo, o Projeto “Vamos construir uma Casa” nasce com o objetivo de ajudar o professor/educador a propor atividades e brincadeiras, levando em consideração o ambiente em que a criança se encontra, transformando cada cômodo da casa e sua área externa em uma sala de aprendizagem, a fim de partir da realidade da criança para ajudá-la na construção das noções fundamentais.

Também são ensinadas funções executivas, desenvolvimento motor, psíquico, cognitivo e social e, principalmente, leva a criança como protagonista na sua própria aprendizagem.

A Formação “Vamos construir uma Casa” é uma iniciativa dos coordenadores da Educação Infantil Municipal e tem como base o livro: “Vamos construir uma casa? Doze lições para a educação dos sentidos”, de Rubem Alves. O projeto atua diretamente no planejamento dos educadores partindo da realidade da criança e usando a “casa” como um ambiente de aprendizagem.

ROTEIRO – A formação foi dividida em 6 encontros que irão acontecer de forma online e serão mediados pelos coordenadores da Educação Infantil de Campo Largo, Anderson dos Santos e Leidy Paula Grande.

Os encontros funcionarão como um grupo de estudo e cada disparador apresentado pelos mediadores será lincado com os objetivos da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para ajudar no entendimento e na construção de propostas que busquem atingir, de forma eficaz, todos os campos de experiências, respeitando os 6 direitos de aprendizagem: CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, EXPLORAR, EXPRESSAR e CONHECER-SE.

O primeiro encontro foi assertivo, trouxe trocas e depoimentos dos profissionais da Educação Municipal. Foi abordada a importância da escuta na Educação Infantil, bem como a Educação dos Sentidos, o Direito da Criança ao Respeito, a Criança no Centro do Currículo e sobre a temática Criança Criadora.

DEPOIMENTOS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL:

“O encontro nos proporcionou importantes reflexões acerca do respeito aos direitos de aprendizagem das crianças, de proporcionar possibilidades novas e aprimorar a possibilidade de construir uma CASA com alicerces bem estruturados.” (Isabel Izidoro – CMEI Curumim)

“Muito importante essa fala; nós professores devemos proporcionar os direitos das crianças em primeiro lugar. Foi um momento rico na aprendizagem. Respeitar e proporcionar novas possibilidades para nossas crianças, tem que deixá-las brincar para aprender.” (Marcia Cristina – CMEI Colibri)

A criança precisa construir dentro dela um universo simbólico, isso que a torna um sujeito. É preciso dar voz e vez às crianças para que elas possam construir seus conhecimentos. Sabemos que para construir algo é preciso “imaginar”, portanto vamos deixar as crianças brincar e mergulhar no mundo do “faz de conta”. Respeitar a criança em primeiro lugar.” (Sandra Zampier – CMEI Mariinha)

“Estou como diretora. A abordagem foi muito proveitosa. A reflexão sobre os capítulos 1 e 2 vai de encontro com os dias atuais em relação a nossa prática, ainda mais depois da implantação da BNCC, que vem para coroar a 1ª fase da infância, que é a fase mais importante na construção do indivíduo. A importância de trocarmos experiências entre os educadores também é assertiva, pois essas trocas contribuem para nossa reflexão de auto avaliação sobre nosso trabalho.” (Patrícia – CMEI Alessandre José Rettmann)

“Achei interessante a fala do Anderson ao comentar que o escritor, Rubem Alves, tece seu livro contrastando pessoas e animais ao mesmo tempo, sem fazer a separação que estamos acostumados a fazer em nossos planos de aula. Outra fala que me chamou a atenção é que não precisamos fechar e esgotar um assunto, mas apresentar quantos forem necessários, afinal, quanto mais experiências a criança puder vivenciar, melhor. Estamos construindo novas perspectivas nesse momento.” (Vivian – CMEI Mariinha)