Grande Curitiba

Vigilância em saúde leva vacinação contra pólio para rede municipal de ensino de Campo Largo

Ação começa nesta sexta-feira e busca aumentar a cobertura vacinal das crianças
23 de setembro de 2022 às 09:00
(Foto: iStock)

COM ASSESSORIAS – A Prefeitura de Campo Largo, por meio do departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, lança mais uma ação de vacinação contra a Poliomielite para as crianças do município. Dessa vez, profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) irão até alguns Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Escolas Municipais, entre os dias 23 e 30 de setembro, para vacinar os alunos da rede municipal que ainda não estão protegidos com a dose adicional da gotinha. A ação será destinada para as crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias, que já tenham completado o esquema vacinal anterior e ainda não tenham feito a dose adicional no período da campanha.

Para participar desta ação, previamente as escolas irão comunicar (via agenda) a data marcada e enviar um documento de autorização. Então basta o pai ou a mãe assinar a autorização fornecida, bem como enviar a carteirinha de vacinação da criança no dia agendado. A primeira unidade a receber a ação será o CMEI Gente Miúda, localizado no bairro Jardim Guarani, no distrito da Ferraria, nesta sexta-feira, 23 de setembro, às 9h. Todas as Escolas Municipais e CMEIs de Campo Largo participam da ação.

“É mais uma medida que visa aumentar o número de crianças vacinadas contra a Pólio. O Ministério da Saúde lançou essa Campanha em 2022 e precisou ampliar o período da mesma, pois a meta de cobertura vacinal de 95% não foi atingida. Porém os números continuam muito baixos, o que é muito preocupante. Já há casos confirmados nos Estados Unidos e estamos a um passo dessa doença voltar ao Brasil. Então pedimos encarecidamente aos pais que levem seus filhos para tomar a vacina, e oferecemos mais essa ação para facilitar a vida dos pais e garantir a proteção aos pequenos campo-larguenses”, afirma a diretora do departamento, Viviane do Rocio Janz Moretti.

Poliomielite – Sem tratamento, essa doença depende de cobertura vacinal para permanecer erradicada no Brasil, e tem sido prevenida por uma vacina disponibilizada pela primeira vez em 1955. Após entrar em contato com o organismo, o vírus ataca o sistema nervoso, onde faz a degradação dos neurônios motores. Assim, causa paralisia flácida de algum membro do corpo e, em casos mais raros, levando a óbito o indivíduo contaminado. Essa doença, também conhecida como Pólio, já aterrorizou pais em todo o mundo durante a primeira metade do século 20. Afetando principalmente crianças menores de cinco anos, geralmente é assintomática, mas também pode causar sintomas como febre e vômitos, causando sequelas irreversíveis. Embora não haja cura conhecida, três injeções da vacina, somadas às doses orais, oferecem quase 100% de imunidade.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Danielle Fedalto, a ação é para ampliar o número atual de 36% de crianças protegidas em Campo Largo. “Estamos com a campanha em vigor desde 08 de agosto e temos uma meta alta sim, de atingir 95% das crianças protegidas. Temos doses e estrutura suficientes para isso. Mas para isso contamos com o apoio dos pais e mães de Campo Largo. Permitam que seus filhos sejam imunizados na escola, ou nas Unidades de Saúde”, convoca.

Cenário preocupante – A adesão da população à campanha é crucial, uma vez que a cobertura vacinal vem caindo significativamente no Brasil, o que traz risco do ressurgimento de doenças como a própria Poliomielite Infantil. Para se ter uma ideia, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) disse, nesta quarta-feira (21), que Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm um risco muito alto de reintrodução da Poliomielite, em meio à queda na cobertura regional de vacinação contra a doença para cerca de 79%, o menor desde 1994.

A doença, também chamada de Paralisia Infantil, tem certificado de erradicação no Brasil desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal para a doença nos últimos anos preocupa especialistas, pois o país não atinge as metas de vacinação infantil desde 2015, e tem taxas abaixo da média mundial. O que atrapalha, segundo autoridades de saúde pública, é a hesitação sobre vacinas, o que contribui para a queda nas imunizações. Ao mesmo tempo, a pandemia de Covid-19 causou a pior interrupção na vacinação de rotina em uma geração, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Campanha nacional – Lembramos que a vacinação contra a Pólio foi prorrogada em todo o país e está disponível até dia 30 de setembro. Ela busca alcançar crianças menores de 5 anos que já completaram o esquema vacinal anterior, bem como incentivar a aplicação da dose de reforço que acontece por meio da conhecida gotinha.

Aqui em Campo Largo, todas as UBS estão com as salas de vacina aplicando as doses da Campanha Nacional de Multivacinação, para atualização da Carteirinha Nacional de Vacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. O horário da vacinação é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h, em todas as UBS. A única sala de vacina que funciona em horário estendido é a da UBS Ferraria, até às 21h, inclusive para as vacinas desta campanha. A exceção é a vacinação infantil contra Covid-19 que ocorre somente nas UBS Rondinha, Cercadinho, Vila Glória e Botiatuva. Para se vacinar na UBS é necessário levar documento com foto, CPF, Cartão SUS, comprovante de endereço e carteirinha de vacinação.

Aproveite a ida na UBS mais próxima de sua casa e também atualize o seu cadastro. A vacina é a principal forma de prevenção de diversas doenças e pode salvar vidas!