Grande Curitiba

Confira os serviços gratuitos de acolhimento da Secretaria de Saúde de Campo Largo

Reforçamos essa atuação na campanha Setembro Amarelo, mas os serviços estão disponíveis durante todo o ano. Sempre é tempo de pedir ajuda quando for preciso. Compartilhe e ajude mais pessoas a buscarem apoio em momentos difíceis
27 de setembro de 2022 às 15:46
(Foto: Freepik)

COM ASSESSORIAS – Durante todo o mês de setembro a Prefeitura de Campo Largo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou a campanha de conscientização e prevenção ao suicídio chamada Setembro Amarelo®, organizada em território nacional pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Aqui no município, ao longo do mês, aconteceu ampla programação com palestras e mais de dez rodas de conversas, algumas abertas ao público e algumas destinadas aos públicos das escolas e guarda mirim. E, nesta semana, ainda há eventos como algumas rodas de conversa e o Programa Grávidas Ativas, amanhã (28). E na sexta-feira (30), às 13h, a Secretaria Municipal de Saúde fecha as ações na Praça do Museu com uma barraca de atendimento ao público com materiais impressos e orientações gerais de como ajudar ou pedir ajuda.

Apoio o ano todo – A Prefeitura de Campo Largo reforça que, durante todo o ano, oferece serviços gratuitos de acolhimento e apoio profissional para quem está passando por tempos difíceis, com uma equipe multidisciplinar composta de profissionais como Psicólogo, Assistente Social, Médico Psiquiatra, Terapeuta Ocupacional e Enfermeiro. Confira abaixo os locais de atendimento municipal gratuito:

Unidade da Mulher e da Criança

Ambulatório de Saúde Mental Infanto-Juvenil

(com encaminhamento médico)

Rua Haroldo Hein, 2412, Aparecida

(41) 3393-4899

CAPS II

Centro de Atenção Psicossocial

Rua Francisco Xavier de Almeida Garret, s/n, Vila Bancária

(41) 3392-2232

CAPS AD

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

Rua Joanim Stroparo, 114, Vila Bancária

(41) 3393-1447 ou (41) 99964-5162

Ambulatório de Saúde Mental Adulto

NIS – Núcleo Integrado de Saúde

Rua Barão do Rio Branco, 1415

(41) 3292-1243

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Associação Civil de Utilidade Pública

Disque 188 (gratuito e em total sigilo – atendimento 24h)

Como participar – O primeiro contato em um destes locais é o início da relação da pessoa com um tratamento, e em todos eles há as equipes multidisciplinares capacitadas para fazer o acolhimento inicial. E existe um grupo de acolhimento que acontece toda semana. Cada pessoa atendida tem um técnico de referência que articula com o paciente e a família o passo a passo do seu tratamento e objetivos de vida. E esse plano terapêutico é revisado trimestralmente, ele é bem dinâmico, até chegar na alta. Em casos de internamento, há vagas regulamentadas pelo Estado para esses tratamentos.

Porque precisamos falar? – A Secretaria Municipal de Saúde informa que houve um aumento considerável na procura depois da pandemia de Covid-19, justamente um reflexo do que o período de isolamento causou na população, de modo geral. Estima-se que a pandemia fez casos de atendimento por depressão subirem 30% no Paraná, e houve um aumento de 56% no uso de álcool e de outras drogas. Então a missão tem sido abordar assuntos difíceis como depressão e suicídio, oferecer apoio emocional, e buscar atuar preventivamente.

“Nem sempre quem quer desistir da vida verbaliza sua intenção de forma clara. Por isso é tão importante prestar atenção e ter empatia, sensibilidade, buscar entender o que a pessoa está precisando naquele momento. Pode ser um colo, alguém que a ouça durante o tempo que for preciso, ou que embarque em seu mundo sem julgamentos ou preconceitos”, orienta o psicólogo Célio Paes, especialistas do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD).

A prevenção é um trabalho diário, “de formiguinha”, e que deve acontecer em todas as etapas do ciclo de vida. Recentes estatísticas revelaram, por exemplo, que o suicídio é a principal causa de morte de adolescentes, mas também tem índice alto entre os idosos. A soma de acolhimentos por mês nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em média, é de 200 casos.

Mariane Bonato, psicóloga do CAPS, destaca alguns pontos cruciais no atendimento das pessoas dependentes e que apresentam quadro depressivo e pensamentos suicidas: “O acolhimento é a base do trabalho. É preciso reconhecer as expressões legítimas do indivíduo. Existe um mito de que conversar sobre suicídio pode incentivar o ato, mas na verdade sabe-se que não, é justamente o contrário. É importante falar sobre, isso é uma medida preventiva. A pessoa que pensa nisso vai longe nos pensamentos, eles são constantes, então falar ajuda. Mas esse falar exige empatia, exige cuidado, levar a sério os sentimentos do outro. Quanto mais se fala sobre o assunto, com afeto, mais se ajuda a quem precisa, mostrando valor aos sentimentos alheios. Precisamos lembrar as pessoas de que elas não estão sozinhas. E falar de promoção à vida”.