Grande Curitiba

Prefeitura solicita que população receba os Agentes de Saúde e Combate a Endemias em casa

Receba os agentes devidamente identificados e mantenha as medidas preventivas. Mudança no clima não altera a necessidade de manter os cuidados e evitar a proliferação do vetor de diversas doenças
31 de maio de 2023 às 17:04
(Foto: Divulgação/PMCL)

COM ASSESSORIAS – No início de maio Campo Largo registrou três casos autóctones de Dengue no município, o que acendeu um alerta da presença do mosquito e a necessidade de eliminar com prioridade possíveis locais de proliferação. A população não deve baixar a guarda, pois há um fator relevante com relação ao famoso mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir quatro doenças: Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Ele também se adapta aos ambientes.

Quem explica melhor é Viviane Janz Moretti, diretora da Vigilância em Saúde de Campo Largo: “o próprio vetor vem evoluindo, a gente percebe que ele vem fazendo criadouros em pequenos depósitos de água, como uma casquinha de ovo ou uma tampinha de refrigerante que fique jogada, por exemplo. A preferência que ele tinha por água limpa também vem se alterando, ou seja, o mosquito vem evoluindo e isso se configura um agravo, resultando em aumento no número de casos”.

De abril até hoje, finalizando maio, a Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental do município, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde, registra 14 casos positivos para Dengue (sendo 3 desses os autóctones), um caso positivo para Chikungunya (importado, ou seja, vindo de fora), e possui cinco casos suspeitos.

“A população campo-larguense deve ficar mais atenta não só no seu terreno, mas também no de vizinhos e familiares. Manter as medidas para evitar água parada continua sendo fundamental, afinal os cuidados – bem como a falta deles – afetam a todos”, alerta Viviane Moretti. Outro ponto que pode trazer um descuido é a chegada do frio, porém não estranhe, usar repelente continua sendo indicado, dependendo do local de exposição, e a mudança no clima não quer dizer o fim do mosquito, pois os ovos permanecem viáveis nos criadouros por longos períodos em temperaturas amenas.

Monitoramento e investigações seguem – Os casos suspeitos ou confirmados das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya), quando notificados, são visitados pelos ACEs, e os trabalhos ficam ainda mais intensos nos bairros que tiveram casos positivos. Uma investigação imediata é feita pelos Agentes de Combate a Endemias, pela definição de um raio, a partir de onde está o paciente. Isso é para verificar se há alguma larva do mosquito, ou se há risco de transmissão, neste espaço ao redor, baseado na distância que o mosquito costuma percorrer. Esse trabalho visa minimizar o risco de algum mosquito transmissor picar o paciente positivo e acabar transmitindo para os demais moradores da região, evitando que o ciclo de transmissão seja sustentado no município.

Também segundo a Vigilância Ambiental, diariamente a equipe de ACEs desloca-se para Levantamento de Índice, ou seja, eles visitam um percentual de imóveis do município para procurar focos e fazer as orientações cabíveis. Além disso, também é feito um monitoramento de pontos estratégicos. São selecionadas empresas (principalmente na beira de estradas) que, em suas atividades, podem ter ambiente favorável para o trânsito e manutenção de larvas do mosquito. Por exemplo, transportadoras que podem ter água parada em lonas ou em produtos estocados.

Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) também auxiliam na orientação à população e na observação de possíveis criadouros. Por isso é importante que as pessoas os recebam. De casa em casa, dia após dia, a visita costuma ser rápida, só para ajudar a verificar se há possíveis focos do mosquito. “Infelizmente são poucos os que nos atendem, e uma exceção que se preocupa mesmo. A maioria das pessoas não acredita ou subestima o perigo da proliferação do mosquito, e descuida. Mas seguimos com as visitas ativas e orientações, para tentar melhorar”, afirma Roseli de Oliveira, ACS do município.

A prefeitura reforça a todos para que não descuidem, caso tenham locais que acumulem água, mesmo que sejam mínimos. Água parada em qualquer quantidade pode se tornar um criadouro. Confira AQUI uma lista de medidas simples para, juntos, seguirmos vencendo o mosquito.

O que fazer se estiver doente? – Fique atento aos sinais e sintomas da Dengue que são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Se sentir algum que possa ser compatível, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação. A coleta de exames dependerá do tempo dos sintomas.

Para mais esclarecimentos entre em contato com a Vigilância em Saúde no telefone (41) 3291-5116 ou pelo aplicativo de mensagens WhatsApp no número (41) 99515-0086.